Nesta segunda-feira, 9 de dezembro, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) deu início a uma nova campanha para combater a pirataria de conteúdo audiovisual. Baseada em pesquisas sobre o comportamento do consumidor, a campanha aposta em uma abordagem criativa e bem-humorada para conscientizar o público sobre os impactos negativos do consumo ilegal de conteúdo.
Campanha Criativa e Engajadora
Com narração de personalidades conhecidas da TV, como Sabrina Sato, Rafael Portugal e Everaldo Marques, os filmes publicitários utilizam travesseiros "vivos" para transmitir, de forma leve, que não há nada melhor do que descansar sem peso na consciência. A mensagem central, “Pirataria. Não é legal”, reforça os riscos e prejuízos do consumo de conteúdo ilegal. Os filmes serão exibidos em intervalos comerciais de emissoras de TV aberta e canais de TV por assinatura até junho de 2025.
Declaração de Compromisso
Oscar Simões, presidente da ABTA, destacou a importância da campanha: “Esta nova campanha reafirma o compromisso da indústria audiovisual com a conscientização do público na luta contra a pirataria, que ameaça empregos de milhares de profissionais e tem efeitos danosos para toda a sociedade brasileira, por ser também uma grande fonte de evasão fiscal e financiamento do crime organizado.”
Impactos e Resultados
Estudos da ABTA, baseados em dados da Anatel e PNAD/IBGE, mostram que cerca de 7 milhões de lares brasileiros acessam TV por assinatura de forma ilegal, causando um prejuízo estimado de R$ 51,7 bilhões ao setor audiovisual e ao Estado brasileiro nos últimos cinco anos.
Nos últimos anos, esforços conjuntos entre empresas do setor e órgãos públicos têm gerado resultados importantes:
- 1,5 milhão de equipamentos piratas apreendidos pela Anatel e Receita Federal.
- Bloqueio de 4.200 domínios piratas e redução de 65% no tráfego desses sites.
- Criação do Laboratório Antipirataria da Anatel em parceria com a ABTA, com ferramentas para automatização de bloqueios.
- Sete fases da Operação 404, com 182 mandados de busca e apreensão e mais de 40 prisões, evidenciando a seriedade do problema.
Desafios Futuros
A ABTA enfatiza a necessidade de uma atuação mais efetiva das plataformas de tecnologia, frequentemente usadas por criminosos, e a aplicação da nova Lei nº 14.815/2024 pela ANCINE, que permite a suspensão de aplicações ilegais na internet. Além disso, é urgente a atualização da legislação para garantir um combate mais eficaz contra crimes digitais.
Precisamos manter e reforçar a união entre o setor privado e o poder público para combater esse crime de forma efetiva", destaca Oscar Simões, da ABTA.
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