João Vítor Xavier (à esq) entrevista Marcelo Teixeira.
Recém-empossado presidente do Santos F.C., Marcelo Teixeira chega ao clube num momento desafiador, quando pela primeira vez na sua história o Peixe está de fora da série principal do Campeonato Brasileiro. Ao CNN Esportes S/A, neste domingo, 10 de março, às 21h15, ele fala desta fase, sobre a possibilidade de Neymar retornar ao clube, e ainda sobre as dificuldades financeiras atuais e as perspectivas para o Santos se tornar uma SAF. Também aborda o caso Robinho, ex-craque do Peixe.
“É um desafio [momento atual do Santos], já tive outro, porque o Santos estava na fila há 18 anos e nós conseguimos uma conquista importante em 2002, o título brasileiro. Mas agora a dor é maior e a ferida continua aberta pro santista. É um desafio, uma missão mais uma vez para nós reconduzirmos o Santos à elite do futebol mundial”, afirma Marcelo Teixeira em entrevista a João Vítor Xavier.
Sobre a situação financeira do Alvinegro Praiano, Marcelo Teixeira conta: “Fizemos uma auditoria interna com as nossas equipes e nós apuramos que nós tínhamos já aproximadamente R$ 65 milhões apenas em aberto no exercício de 2023, apenas como pendências no ano passado. Então nós já temos um compromisso assumido e temos que cumprir com os pagamentos do ano passado na ordem de quase R$ 70 milhões de reais. Então isso é grave, gravíssimo”. Marcelo Teixeira diz que no futuro o Santos pode se tornar uma SAF, mas não é o momento, uma vez que o clube tem hoje um passivo de R$ 700 milhões.
A respeito da volta do jogador Neymar Jr. ao Santos, o dirigente diz achar possível, e só depende da vontade, da carreira dele. “Podemos fazer diretamente junto ao clube, mas podemos também aguardar essa decisão da família do retorno do jogador ao Brasil, que eu inevitavelmente acho que seria para o Santos”. Ele diz que o Santos é a casa do atleta e vê o Peixe como o ambiente adequado para que Neymar fique pronto para a Copa do Mundo de 2026.
O assunto Robinho, condenado pela Justiça da Itália por crime de estupro, veio à tona, principalmente por conta de uma foto em que o ex-craque do time apareceu numa confraternização do time. “Ninguém fez o convite ao Robinho. Então ficou claro que nem diretoria e nem departamento de futebol convidaram o Robinho para participar da confraternização. Tanto que ele nem ficou a confraternização. Ele passou, levou seu filho ao lado, no departamento médico, levou o filho e entregou o exame ao médico”.
“O Robinho não participa da vida, da rotina do Santos Futebol Clube, assim como também nós temos uma consideração com ele pelo que ele fez pelo Santos Futebol Clube na área esportiva. Mas ele deve responder como homem naquilo que ele fez, e já está respondendo na justiça italiana, e pode ser, nós vamos acompanhar o que estará sendo decidido. Mas hoje não há nenhum vínculo, nenhum tipo de trabalho e tampouco nenhuma relação profissional que envolva o Robinho com o Santos Futebol Clube, a não ser o seu passado de glórias”, ele completa.
O dirigente fala ainda sobre a reforma da Vila Belmiro e as tratativas com a W/Torre.
Em termos de ligas de clubes, Marcelo Teixeira conta que o Peixe discute nas duas frentes: com a Libra e a Liga Forte.
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