Ataque contra defesa? O que os números dizem sobre a final entre Fluminense e Boca Juniors

O serviço de resultados esportivos Flashscore fez um levantamento exclusivo dos números dos dois finalistas da Libertadores 2023. E, através deles, tentamos projetar o que se pode esperar do jogo de sábado.



De um lado, um time que tem a defesa como ponto forte, e que chegou à final com uma média de gols sofridos baixíssima – apenas 0,41 gols por partida. Do outro, um time com fome de gol – média de 1,83 gols marcados por jogo – atuando em casa e pronto para partir para trocação. Esse parece ser o retrato que os números apresentam para a grande final da Copa Libertadores, que acontecerá no sábado, dia 4 de novembro, a partir das 17h, no Maracanã.

Os números levantados pelo Flashscore sugerem que, apesar de contar com o artilheiro Edinson Cavani, o mais provável é que o Boca Juniors repita a estratégia da semifinal contra o Palmeiras, em São Paulo, e aposte suas fichas em uma defesa compacta e contra-ataques esporádicos. Essa receita tem sido usada desde a fase de grupos, e pouquíssimos times conseguiram vazar a meta xeneize. Para se ter uma ideia, em todos os doze jogos até agora, o Boca tomou apenas cinco gols. É menos do que cada um dos outros três finalistas tomaram... na fase de grupos!

E se o ataque não faz tantos gols, o Boca conta com uma arma secreta em caso de empates, uma espécie de artilheiro à avessas: Sergio Romero, o goleiro que mais pega pênaltis na atualidade. Nessa edição da Libertadores já foram sete penalidades defendidas, o que permitiu ao time avançar nas últimas três fases mesmo sem vencer nenhum jogo.



Por outro lado, o Fluminense tem no gol o veterano Fabio que também tem fama de pegador de pênaltis. Na competição, porém, ele ainda não foi testado. O que pode ser uma vantagem tricolor, na medida em que os batedores não sabem como ele atua.

O time de Fernando Diniz certamente tentará imprimir um volume de jogo desde o início, e contará com a estrela de seu atacante German Cano, que é figura carimbada na grande área, e para quem bastam alguns centímetros de espaço para converter um gol.



Os números mostram que a maioria dos tentos do Flu saem na primeira metade do jogo. Por outro lado, esse é também o período em que o Boca menos toma gols. Ou seja, os argentinos costumam entrar com o muro levantado, e arriscam a sorte ao longo dos noventa minutos. Depois, conforme o jogo avança, o time cansa, e sofre mais gols na segunda metade do segundo tempo. Ou seja, os n úmeros prometem emoção até o último minuto.



Apesar de não existir uma estatística para “catimba”, é possível ver como o Boca costuma cozinhar o jogo, sem vergonha de parar jogadas com faltas, sempre que necessário. Por isso número de cartões recebidos – amarelos e vermelhos, é maior do que os recebidos pelo Fluminense. Isso ficou especialmente evidente na semifinal contra um Palmeiras, que no segundo tempo tentou colocar pressão e foi constantemente parado por botinadas.



O Boca vai conseguir picotar o jogo, ou se o Flu vai conseguir imprimir seu ritmo alucinante? A resposta para essa pergunta passa pela arbitragem do experiente colombiano Wilmar Roldán, que já esteve em duas Copas do Mundo. Normalmente, é um juiz que gosta de bola rolando, mas já houve atuações em que foi criticado, inclusive pelo próprio Fluminense, no jogo contra o Sporting Cristal na fase de grupos. Por sua vez, a torcida da casa pode fazer diferença, e dar um gás extra ao Tricolor das Laranjeiras.

Pelos números, se o Boca prevalecer, será campeão com um resultado magro, muito provavelmente nos pênaltis. Mas se o Fluminense conseguir se impor desde o início, o placar pode ser até mesmo uma sonora goleada. Quem conquistará a Glória Eterna? A resposta será dada na noite de sábado.

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