Anderson Silva e Danilo Gentili
Foto: Lourival Ribeiro/SBT
Anderson Silva, o convidado do “The Noite” desta segunda-feira, 20 de novembro, é uma das maiores lendas de todos os tempos do MMA. Detentor do maior recorde de lutas invictas da história do UFC, 16, ficou sete anos sem ser derrotado. Sua história é tão incrível que, na última semana, ganhou uma série chamada ‘Anderson Spider Silva’, mostrando sua vida e trajetória. No programa, ele fala sobre a produção.
“Está bem legal, porque a série não é sobre luta, não é sobre o Anderson. É sobre uma família, preta e estruturada. Uma família, assim como a minha, muitas outras tem essa mesma história de superação, de estar sempre um apoiando o outro, se levantando, protegendo... Não é uma história das quais estamos acostumados a ouvir, sempre colocada como uma família desestruturada. É uma história diferente, de muito amor e carinho”, diz.
Durante conversa com Danilo Gentili, Anderson Silva relembra, com certa tristeza, quando conheceu o astro pop Michael Jackson, que era fã assumido do lutador.
“Essa é uma história que me entristece um pouco. Imagina eu em Vegas, em uma época em que o Michael Jackson estava morando lá. Tinha assinado com o UFC e iria ter um evento promovendo o jogo da Playstation. Descemos no aeroporto e nas ruas vi um monte de sósias, alguns muito iguais. Falava, várias vezes: ‘Caracas, o Michael Jackson’ e me diziam: ‘Não, é sósia’... Chegou à noite, estávamos na promoção do jogo. Eu na fila para jogar Call of Duty, chegaram para mim e falaram: ‘O Michael Jackson está ali e quer falar com você’. Eu falei: ‘Vocês estão de sacanagem’. Responderam que era sério. Então fui até lá, cumprimentei, o cara falou comigo, pegou na minha mão, alguém tirou uma foto e voltei para continuar jogando. No outro dia, o Dana (White) fez um discurso agradecendo a presença de todos, principalmente a do Michael Jackson. Achei que era um sósia e os caras estavam me sacaneando”, lamenta.
Desde criança, Anderson Silva sempre foi fã de lutas, filmes de ação e já colecionava ‘action figures’, adquiridos em vários países diferentes. Hoje, tem a oportunidade de ter e ver tantos fãs com os bonecos o retratando: “É muito gratificante. É louco. Olho nas minhas coisas e falo: ‘Cara, tem um boneco meu, um jogo de videogame meu. Quel legal’. É uma coisa pela qual agradeço todos os dias”.
Atualmente, Anderson Silva está treinando seu filho, Gabriel Silva, que é lutador de boxe, enquanto negocia sua luta de despedida de MMA no Japão.
“Como treinador, fico feliz e sou crítico. Como pai, tenho preocupação e sou muito chato. Venho de uma geração que aprendeu na fonte os princípios marciais. Aprendeu a entender o corpo nas mais diversas situações de luta. Percebo que essa nova geração não tem muito isso. Acham que já chegaram prontos. Não só os meus filhos, mas no geral. Aí você acaba percebendo que tem bastante coisa que pode e deve ser mudada”, conta.
“Estamos negociando no Japão, já faz algum tempo, para que a minha última luta aconteça lá porque minha carreira de campeão começou lá. Meu primeiro título mundial foi no Japão, então nada melhor do que terminar lá”, finaliza.
Postar um comentário
Deixe seu comentário