Roberto Cabrini e Michael Keller
Foto: Antonio Chahestian/Record TV
O talento de Roberto Cabrini é duplamente celebrado nesta semana. Escolhido nesta quinta-feira para receber o Troféu AIB de Imprensa, organizado pela prestigiada Associação de Imprensa do Brasil, na Categoria Destaque Especial, o jornalista também repassa sua carreira como convidado da próxima edição do quadro Record 70 Anos, do Domingo Espetacular, no ar neste fim de semana (03/09).
O jornalista, que está em sua segunda passagem pela Record TV – antes, ele havia trabalhado no canal entre 2008 e 2009 – relembra no programa os grandes momentos de sua trajetória. Mais que isso, abre uma rara exceção para revelar, na televisão, o repórter que existe por trás das câmeras: a família, hobbies e histórias que poucos conhecem.
No depoimento a Michael Keller, ele fala do início da carreira,com apenas 16 anos, numa rádio do interior paulista, da paixão por fuscas, dos times do coração, dos motivos que o fizeram abandonar a cobertura de Fórmula 1, dos episódios em que escapou da morte durante as seis guerras em que atuou como correspondente, e da amizade com Ayrton Senna e Pelé.
Sobre o piloto, Cabrini destaca os momentos dramáticos após o trágico acidente o vitimou, há 29 anos, em Ímola, na Itália. “Eu já tinha noção da gravidade, e quando cheguei ao hospital - fui um dos primeiros jornalistas a chegar - percebi, pelo comportamento dos médicos, que não tinha salvação. Eu sabia que iria anunciar a morte de Ayrton Senna. Eu estava abalado, do ponto de vista pessoal, mas eu também sabia que havia todo um país à espera das minhas informações”.
Ele ainda conta como a amizade com Pelé impediu uma tragédia. Cabrini revela que costuma andar com uma foto na carteira em que havia posado, com sua família, ao lado do jogador: “Cobrindo a guerra do Afeganistão a gente foi interceptado pelas forças do Talibã e eles fizeram toda menção de que iriam nos executar. Só não nos executaram porque, num determinado momento, lembrei que eu tinha essa foto. Quando eu mostrei, eles imediatamente reconheceram Pelé e viram que eu tinha uma relação com ele. O Pelé salvou minha vida. E essa não foi a única vez. Pelé abria portas, parava guerras”.
Postar um comentário
Deixe seu comentário