Globo inicia a operação na nuvem dos canais da TV por assinatura


Foto: Divulgação


No período em que completa dois anos desde o início do seu processo de migração para a nuvem, em uma parceria de co-inovação com o Google Cloud, a Globo dá mais um passo importante na sua jornada de cloudification, utilizando essa infraestrutura na operação dos seus canais da TV por assinatura. Agora, todo o playout (sistemas de automação, de exibição e de comunicação visual) de canais Globo por assinatura passará a ocorrer de forma independente da central técnica, instalada no Rio de Janeiro. O primeiro canal a migrar foi o Modo Viagem, em abril. Em maio, Canal Brasil e Futura também passarão a ser operados da nuvem, e, até o fim do ano, a empresa prevê a migração de outros 13 canais da TV por assinatura – uma jornada de cloudification que seguirá de forma contínua e com um crescimento exponencial até 2025.

As vantagens de ter as operações de tecnologia rodando na nuvem são muitas. Quatro palavras sintetizam as principais: eficiência, agilidade, escalabilidade e inovação. "Cloud computing está intimamente associada a ganho de eficiência. Podemos lançar, com agilidade, canais temáticos, sazonais ou por demanda, impactando diretamente a experiência do usuário, que acessa conteúdos cada vez mais segmentados e inovadores. Operar na nuvem também nos permite abrir mão de uma arquitetura pesada de TI – que é sempre dispendiosa e demanda investimentos complementares em elétrica e refrigeração – e, ao mesmo tempo, aumentar a flexibilidade e escalabilidade", avalia Raymundo Barros, diretor de Estratégia e Tecnologia da Globo.

No fim de 2022, a Globo lançou seus dois primeiros canais Fast (Free Ad Supported Streaming Television), ambos com operação na nuvem, o Receitas e o ge. Agora, começa a migrar etapas relevantes dos processos de distribuição dos seus canais pagos para a nuvem. Foram cerca de dez meses de desenvolvimento, sendo dois deles marcados pela operação em paralelo (utilização tanto da infraestrutura física quanto da nuvem). "O playout consiste no sequenciamento de mídia – cada conteúdo que compõe a grade de programação –, que, por sua vez, conta com um sistema de automação para a leitura dos metadados e uma camada de grafismos. Agora, todo esse processo ocorre via Google Cloud, prescindindo dos servidores, da infraestrutura de matriz e dos demais elementos físicos", informa Gilberto Castanõn, diretor de Distribuição de Conteúdo da Globo.

A jornada que possibilitou a criação desse ambiente próprio na nuvem, com disponibilidade e confiabilidade elevadas – uma conquista inédita no mercado de broadcast brasileiro –, iniciou-se ainda em abril de 2021. Nessa ocasião, foi firmada a parceria estratégica com o Google Cloud, que tem, dentre seus objetivos, otimizar a infraestrutura de tecnologia da Globo e gerar novas oportunidades de negócios por meio de uma plataforma escalável. "Estamos ajudando empresas de mídia e entretenimento de todo o mundo a transformar as experiências da audiência por meio da inovação na produção, na distribuição, no engajamento do cliente e na monetização de conteúdo. Nosso objetivo com a Globo é apoiá-los na intensificação do uso de soluções de gerenciamento de dados, inteligência artificial e machine learning, bem como usufruir da nossa infraestrutura global, escalável e segura para oferecer o suporte necessário à evolução tecnológica da empresa", destaca Milena Leal, diretora de Negócios do Google Cloud no Brasil.

Ao longo desses dois anos, foram tantos os projetos desenvolvidos em conjunto que os times da Globo e do Google Cloud decidiram compartilhar os aprendizados com o público em geral, especialmente os interessados no universo da tecnologia. Até dezembro deste ano, os podcasts GlobotechCast e Google Cloud Cast – ambos disponíveis em plataformas de streaming de áudio – veicularão quinzenalmente conteúdos sobre os trabalhos desenvolvidos juntos, sempre com foco em inovação.

Neste movimento mais recente de operação na nuvem dos canais da TV por assinatura, a Globo conta, além do Google Cloud para a hospedagem, com outros dois parceiros importantes: Harmonic, para a solução de exibição, e Aveco, para o sistema de automação. "Tanto a Harmonic quanto a Aveco desenvolveram produtos para atender a requisitos específicos da Globo. Foi tudo desenhado para suprir nossas necessidades, um esforço para entregar todo um ecossistema único que nós fazemos questão de reconhecer", declara Castanõn.

Na Globo, a jornada de cloudification vai muito além do playout dos canais Fast e da TV por assinatura. Todas as plataformas e produtos digitais – incluindo os portais (Globo.com, g1, ge e gshow), Globoplay, cobertura das eleições e votação do Big Brother Brasil 23 – já foram migrados para a nuvem. Com relação ao BBB, pela primeira vez na história do programa, a infraestrutura e a segurança das plataformas digitais da Globo ficaram 100% na nuvem, com capacidade, elasticidade e confiabilidade para absorver a audiência massiva que, ao fim da exibição ao vivo da TV Globo, migra, no mesmo minuto, para o Globoplay. Além disso, a infraestrutura de nuvem vem sendo usada para a finalização de diversos eventos esportivos e de música, para processos de pós-produção e criação gráfica, e para o armazenamento de acervo, entre outros projetos.

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