Foto: Globo/Daniela Toviansky
Toda semana, um programa novo e várias descobertas. Há cinco décadas, o 'Globo Repórter' traz semanalmente um misto de informação e entretenimento, uma rotina já incorporada aos hábitos de milhões de brasileiros. Para celebrar seus 50 anos de história, a partir do dia 31 de março o público poderá acompanhar uma série de cinco programas especiais que refletem a relevância, o pioneirismo e a credibilidade do jornalístico na TV brasileira em temas como tecnologia, sociedade, saúde, meio ambiente e viagens, nos quais o 'Globo Repórter' é especialista.
"Nesses cinco programas especiais, vamos mostrar como os brasileiros se informaram, assistindo ao 'Globo Repórter', com novidades, do Brasil e do mundo, e como esse conhecimento teve impacto na vida deles. Cada um deles será fechado por um jornalista que teve participação expressiva no programa ao longo dos últimos anos. São temas relevantes e que mexem com a vida do telespectador", explica a diretora Mônica Barbosa, referindo-se a Ernesto Paglia, Pedro Bassan, Beatriz Castro, Lilia Teles e Jorge Pontual, que assinam as reportagens especiais que serão exibidas entre os dias 31 de março e 28 de abril.
Além de contar com a reportagem de jornalistas consagrados, os apresentadores do 'Globo Repórter' também fizeram história. Ocupando este espaço desde 2019, Sandra Annenberg fala sobre a sua relação com o programa. "Minha relação com o 'Globo Repórter' começa desde que eu me conheço por gente. Eu tinha quatro anos quando ele estreou, cresci com ele. Me lembro de ouvir a música da vinheta e saber que era hora de ir pra cama. Com o passar do tempo, podia ficar acordada para vê-lo. Quando fui para o jornalismo da Globo, há 32 anos, trabalhar no programa era o sonho de todo repórter. Como telespectadora, fui transportada para os lugares mais fascinantes e sei que muita gente conheceu os quatro cantos do mundo através do 'Globo Repórter'. Poder oferecer essa experiência para as pessoas é gratificante e estar a bordo dessa equipe é um privilégio", celebra Sandra.
Abrindo as comemorações, no dia 31 de março, Ernesto Paglia assina a reportagem especial sobre tecnologia. Apaixonado e profundo conhecedor do assunto, o jornalista, em 1983, integrou a equipe que renovou a linguagem do 'Globo Repórter'. Trabalhou exclusivamente para o programa como repórter durante os três anos seguintes. Desta vez, refaz a cena da primeira ligação de celular da história, realizada no dia 3 de abril de 1973, mesmo dia da estreia do 'Globo Repórter'. Cinquenta anos depois, Paglia pede uma descrição do 'Globo Repórter' ao recém-lançado chatGPT.
No dia 7 de abril, Pedro Bassan assina a reportagem especial que se debruça sobre as mudanças na sociedade nas últimas cinco décadas. Quando o primeiro programa foi ao ar, em 1973, a mulher brasileira ainda não tinha os direitos jurídicos iguais ao homem, nem mesmo o divórcio existia. De lá para cá, foram muitas transformações nas relações humanas. O episódio vai tratar do comportamento dos brasileiros e mostrar o que mudou nas cidades, no trabalho e no casamento. E o que ainda se mantém na vida do país, em casos de racismo, machismo e preconceito. O programa reencontrou pessoas que abriram suas vidas para o 'Globo Repórter' para contar o que aconteceu com elas nos últimos anos.
Saúde e qualidade de vida são alguns dos pilares do 'Globo Repórter', que sempre trata de alimentação saudável, do combate ao estresse e à ansiedade e do reflexo de tudo isso no cotidiano das pessoas. E, no dia 14 de abril, será a vez de Lilia Teles mostrar as descobertas científicas que transformaram a vida dos brasileiros e resgatar histórias de gente que se superou e hoje vive melhor depois de adotar um estilo de vida saudável. "Encontramos, por exemplo, pessoas que escolheram a profissão que exercem hoje por causa de um 'Globo Repórter' a que assistiram na juventude. Outros mudaram de comportamento, passaram a praticar atividade física ou a se alimentar melhor depois de tomarem conhecimento de pesquisas científicas divulgadas pelo programa ao longo desses 50 anos. Acho que isso explica, de certa forma, o lugar dele na história da TV", acrescenta a diretora Mônica Barbosa.
O 'Globo Repórter' foi um dos primeiros programas a falar para os brasileiros sobre sustentabilidade quando essa temática sequer era conhecida. Além disso, foi um dos primeiros a ter autorização para desbravar Fernando de Noronha e a produzir matérias jornalísticas numa aldeia yanomami, a levantar bandeiras ecológicas como a defesa das baleias. No programa do dia 21 de abril, a jornalista Beatriz Castro se debruça sobre o meio ambiente, e retoma jornadas pelas florestas brasileiras, a parceria de especialistas que descobriram lugares intocados e espécies exóticas. Desta vez, ela irá ao Parque do Xingu para revisitar os indígenas que apresentam a emocionante cerimônia do quarup.
Quantos lugares e quantas culturas o brasileiro descobriu com o 'Globo Repórter'? No encerramento da série de programas especiais, no dia 28 de abril, o correspondente Jorge Pontual em Nova York, capital do mundo, assina a reportagem sobre viagens. Editor-chefe do 'Jornal da Globo' e do 'Globo Repórter' entre 1983 e 1996, o jornalista convida o público a rever culturas que o programa apresentou aos brasileiros e também relembra as viagens que marcaram a história da TV brasileira, algumas icônicas feitas por Gloria Maria.
"Quando fazemos um programa de viagem, por exemplo, não mostramos apenas paisagens ou aventuras. Há sempre informações sobre a cultura da região, sobre o modo de vida da população. Trata-se de um jornalístico, então, ter informação relevante é fundamental para que uma pauta se transforme num programa. E a escolha das pautas segue um equilíbrio entre temas como comportamento, aventura, descobertas científicas, economia popular, entre outros. Sempre levando descobertas ao telespectador", conclui diretora Mônica Barbosa.
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