Jorge Bacaloni, novo presidente da Alianza
A Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga (Alianza) nomeou Jorge A. Bacaloni, Gerente Regional Antipirataria da Vrio Corp, seu novo presidente para o período de 2023, com o desafio de liderar estratégias conjuntas da indústria para combater o problema, que tem crescido exponencialmente nos últimos anos.
Bacaloni lidera o combate à pirataria audiovisual da Vrio Corp, empresa formada pela DIRECTV Latin America, a SKY Brasil e a plataforma de streaming DGO. É advogado, formado pela Universidade de Buenos Aires, e especializado em questões de propriedade intelectual e antipirataria, com mais de uma década de experiência em grandes empresas internacionais.
Estudos realizados pela Ipsos -- empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado -- a pedido da Alianza, com base em pesquisas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e México, relataram um salto nos últimos anos na oferta e no consumo de conteúdo ilegal por meio de retransmissão, com forte impulso durante o processo de isolamento social, gerado pela pandemia de covid-19.
O problema ultrapassa fronteiras de gênero, idade e nível socioeconômico, e coloca em risco as informações dos usuários, como dados pessoais e familiares. De acordo com estudos de mercado realizados pela IPSOS, a maioria dos usuários são vítimas por desconhecerem a origem ilegal de uma plataforma pirata: dois em cada dez acreditam que as plataformas piratas são legais e três em cada dez não sabem.
"Sem dúvida, a pirataria é um grande desafio. Combatê-la exige articulação público-privada e alocação de recursos humanos, tecnológicos e econômicos. Devemos unir esforços porque esse problema desestimula o investimento e, sem investimento, não há desenvolvimento econômico possível. Em uma região como a América Latina, é fundamental que a economia formal cresça, que haja mais empregos e melhores condições de vida para nossos povos", pondera Bacaloni.
Bacaloni sucede Víctor Roldán, Líder Jurídico de Negócios da Warner Media Latin America, e ficará à frente da entidade por um ano. Alianza é formada por programadores de sinal e conteúdo de TV por assinatura, operadoras de TV por assinatura, empresas de tecnologia e associações do setor, e uma diretoria com especialistas de outras empresas.
A Alianza tem como único objetivo combater a pirataria audiovisual em todas as suas formas. Realiza pesquisas e estudos (regionais e específicos de cada país), impulsiona o cumprimento e a aplicação da lei, dá treinamento aos principais atores, promove iniciativas regulatórias e legislativas, sensibiliza a sociedade e une esforços tecnológicos contra dispositivos piratas.
Os membros da aliança incluem operadoras de TV por assinatura, como DIRECTV Latin America e SKY Brasil -- da Vrio Corp --; programadores, como Warner Bros. Discovery, Disney, Globo, Telecine, Win Sports, LaLiga, Ole Distribution (representante dos canais A&E Networks, NBCUniversal e Sony); provedores de tecnologia, como Nagra, e associações do setor, como ABTA e CAPPSA.
Bacaloni comentou que é preciso que a Alianza cresça e se fortaleça com a entrada de mais empresas. "É necessário que toda a indústria reconheça que este é um desafio para todos e que trabalhe de forma coordenada", afirma.
"A Alianza tem um papel muito importante, mas não pode sozinha combater uma enorme rede criminosa que cresce a passos largos, de mãos dadas com os avanços tecnológicos. Por isso acreditamos que os governos, além de criarem condições favoráveis para que o setor privado crie valor, devam realizar ações concretas para dar segurança e segurança jurídica", avalia Bacaloni.
A retransmissão não autorizada de sinais e conteúdos, seja por cabo, seja por meio da captura ilegal dos satélites ou servidores que os alojam, incluindo a sua retransmissão não autorizada pela Internet, é um problema que há muito afeta a indústria do entretenimento.
A prevalência e o impacto da pirataria afetam as economias locais por meio de cortes de empregos e governos são prejudicados, devido à incapacidade de arrecadar milhões de dólares em impostos, e ainda comprometem informações pessoais e financeiras de consumidores.
Além disso, com a pirataria não há serviços de qualidade e investimento em inovação ou melhora de conteúdo, o que impacta quem aporta seu talento para a criação de conteúdo, bem como quem investe em tecnologia para gerar programas que contribuam para divulgar a cultura local, oferecer entretenimento, informação, esportes, entre outros serviços. Ao mesmo tempo, a pirataria prejudica os esforços daqueles que buscam proteger e promover a indústria audiovisual nacional e os direitos de artistas e trabalhadores.
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