Executivo do UFC fala sobre o fim da parceria com a Globo


Dirigente do UFC, Eduardo Galetti. foto: divulgação/UFC

Fora da TV aberta desde o começo de 2019, o UFC (Ultimate Fighting Championship) encerrou definitivamente a parceria com a Globo, cujas transmissões ocorriam por meio do canal Combate, a organização lançou um streaming próprio, o UFC Fight Pass. De acordo com o NaTelinha, o objetivo é recuperar o terreno perdido nos últimos anos.

Algumas coisas começaram a faltar [na parceria com a Globo]”, revela o vice-presidente sênior do UFC para a América Latina, Eduardo Galetti. “Ao longo da história, por decisões de negócio, o canal Combate começou a ficar mais fechado e a receita da TV aberta começou a ficar menor.

O contrato de televisão aberta com a Globo terminou no final de 2018, não teve mais a partir de 2019. Eram acordos separados, o do SporTV e canal Combate era um, com a [então] Globosat – e tinha um outro, que era o da TV Globo. O acordo da aberta terminou – não por falta de interesse, na verdade nossas audiências sempre foram muito muito altas -, mas o foco foi trazer a receita para assinatura, para quem paga”, afirmou.

Na visão do executivo, a estratégia hoje se mostra errada. Se antes eram exibidos seis eventos por ano no canal aberto, nessa nova fase o Ultimate passou a ser mencionado apenas editorialmente – ou seja, como notícia nos telejornais e programas esportivos. Isso transformou o maior torneio de MMA do mundo em um produto mais de nicho, separado do público amplo.

Foram grandes parceiros [a Globo], nos ajudaram a chegar até aqui, mas foi uma decisão nossa levar esse produto para o próximo nível, de ter uma plataforma realmente robusta”, afirma Galetti em um tom político.

Parceria com a Band


Quando a gente começou a montar esse projeto [do Fight Pass], falamos: ‘Precisamos voltar a ter um braço de TV aberta”, relembra o executivo. Esse parceiro é a Band que, desde o começo deste mês, exibe parte do cardápio do UFC.

Criamos o ecossistema no qual dos 43 eventos que temos ao longo do ano, 12 deles – seis preliminares ou seis cards principais – estão na TV Bandeirantes, onde a gente consegue mostrar para o grande público que o Brasil vive um dos maiores momentos da história, com [no momento da entrevista] quatro cinturões. O grande público precisa ver isso”, relata Galletti. “A Band é um canal que sabe fazer esporte, eles são muito bons em fazer promoção, tem muita programação esportiva. Nesse formato, conseguimos atingir um bolo maior, de três a seis milhões de pessoas numa transmissão, aí começamos a fazer as nossas conversões maiores [no streaming]”.


Com informações, Esporte e  Mídia

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