foto: Tv Globo/divulgação
A fuga dos afegãos do regime Talibã em direção ao Brasil é um movimento que vem chamando atenção neste anos de 2022. Mais duas mil pessoas passaram pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, atrás de uma vida nova, com visto humanitário, mas totalmente dependentes de ajuda de voluntários e doações para sobreviver. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 8, mostra como é a realidade destes refugiados. Durante uma semana, os repórteres André Neves Sampaio e Nathalia Tavolieri estiveram no acampamento improvisado – que funciona como um abrigo improvisado enquanto eles esperam por um lugar para morar.
Atualmente mais de 100 afegãos estão no aeroporto. Sem espaço para tomar banho e dormindo no chão, eles fazem aulas de português para se adaptar o mais rapidamente possível à cultura brasileira. Entre homens solteiros, famílias e idosos, o alívio de deixar para trás o regime que matou muitos amigos e familiares e que voltou a o poder depois de 20 anos. Entre os afegãos está um soldado das forças especiais do país que viu três amigos serem mortos pelo regime e teve que fugir às pressas. “Mesmo com o obstáculo do novo idioma e da cultura diferente, acredito que posso escrever um novo capítulo da minha vida aqui no Brasil”, afirma.
O Talibã retomou o poder no Afeganistão em 2021 depois de duas décadas. O grupo radical foi derrubado pelo exército dos Estados Unidos em 2001, após os atentados do 11 de setembro, e voltou a controlar o poder no país após a retirada das tropas norte-americanas. Ao longo da reportagem, muitas pessoas não quiseram se identificar, alegando que o regime tem assistido a matérias veiculadas na mídia internacional para identificar familiares das pessoas que deixaram o país.
O grande número de afegãos recém-chegados ao Brasil que estavam vivendo no aeroporto fez com que a Prefeitura de São Paulo disponibilizasse seis casas de acolhimento para recebê-los. As repórteres Julia Sena, Danielle Zampollo e o repórter cinematográfico Leandro Matozo foram a uma unidade do Centro de Acolhida Especial (CAE), na Penha, Zona Leste da capital. Dentre os refugiados está Jarullah Mansoori, ex-ministro dos Transportes no Afeganistão. Ele diz que foi ameaçado de morte, assim como todos os membros do antigo governo, e precisou sair do país com a esposa e cinco filhos e agora enfrenta os desafios de reconstruir a vida em um novo país.
O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira começa logo depois do Cine Holliúdy.
Postar um comentário
Deixe seu comentário