A Globo e a GOL Linhas Aéreas realizaram uma parceria inédita no mercado aéreo para neutralizar as emissões de CO2 em viagens corporativas indispensáveis. A medida foi colocada em prática em setembro, quando todas as viagens de colaboradores Globo, necessárias para o desempenho de suas funções, passaram a ser compensadas pela venda de créditos de carbono aplicados na preservação e reflorestamento de florestas nativas e em projetos de agricultura regenerativa na Floresta Amazônica. A iniciativa é viabilizada a partir da união de ambas as companhias com a Moss, climatech de soluções no combate às mudanças climáticas. A GOL já adota o mesmo sistema para pessoas físicas neutralizarem sua pegada de carbono.
Desde 2019 a Globo é "carbono zero" e mantém uma estratégia para absorver o dióxido de carbono emitido por suas atividades. Mais recentemente, assumiu publicamente a meta de reduzir suas emissões em 15% até 2026 e 30% até 2030, tomando como base o ano de 2019, quando as emissões totais foram de 20.595 tCO2e (toneladas de carbono equivalente). A redução inclui os escopos 1, 2 e 3.
Com essa primeira parceria firmada com a Gol, a Globo estabelece também uma iniciativa de compensação total de deslocamentos aéreos corporativos. Em 2019, ano que antecedeu as restrições de viagens por conta da pandemia, mais de 9 mil toneladas de CO2 foram emitidas na atmosfera a partir de trajetos realizados por colaboradores Globo. O projeto expande o programa da companhia aérea que já permite aos passageiros pessoas físicas neutralizar sua pegada de carbono.
No início do ano, a Globo emitiu seu primeiro sustainability linked bond no valor de US$ 400 milhões em um bônus de dez anos, atrelados a essas metas ambientais de redução de emissão de gases do efeito estufa. A adoção das melhores práticas ambientais em suas operações está alinhada aos compromissos ESG (Environmental, Social and Governance – em português, Ambiental, Social e Governança) assumidos pela Globo, que vão ao encontro da Agenda 2030, em conformidade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
"Para nós esse é um passo importante, pois todas as viagens corporativas necessárias e realizadas pela GOL já nascem neutralizadas. Nosso compromisso não está restrito apenas às emissões diretas, mas envolve também as emissões indiretas, no intuito de influenciar toda a cadeia de valor a partir de um modelo de negócio de baixo carbono. Essa é uma das iniciativas que estamos adotando para reduzir nosso impacto ambiental, valorizar e proteger a nossa biodiversidade", afirma Maurício Gonzalez, diretor do Centro de Serviços Compartilhados da Globo.
Para a GOL, essa iniciativa pioneira no aéreo corporativo é um importante passo para mitigar os efeitos da aviação comercial nas mudanças climáticas globais. Em junho de 2021, foi a primeira Companhia da América Latina a lançar a possibilidade de seus clientes compensarem, voluntariamente, a pegada de carbono de seus voos, uma iniciativa desenvolvida em parceria com a climatech Moss. A empresa deu nome de #MeuVooCompensa à campanha voltada para os passageiros, que, em junho de 2022, completou um ano. Os resultados são promissores, embora haja um longo caminho a percorrer. Em 12 meses, foram compensadas mais de 7 mil toneladas de CO2 pelos clientes, o equivalente a 1.745 hectares de florestas preservadas – ou o mesmo que 2.115 campos de futebol de natureza nativa em solo brasileiro mantida intacta.
#MeuVooCompensa engloba ainda duas rotas 100% carbono neutro instituídas pela GOL no ano passado: a primeira do Brasil, Recife-Fernando de Noronha-Recife, e a segunda, Congonhas-Bonito-Congonhas. Em ambos os casos, a GOL e a Moss assumem a compensação individual de carbono de todos os clientes e tripulação presentes nesses trechos, disponibilizando a eles o certificado da compensação.
"A parceria entre a Globo e GOL é uma iniciativa pioneira e urgente, que abre novas perspectivas para as viagens corporativas sustentáveis no país. Que seja um exemplo e uma motivação para o engajamento de outras empresas brasileiras em prol da preservação do meio ambiente", diz Renzo Mello, diretor de Canais de Vendas da GOL.
Como é feita a compensação
A compensação das viagens corporativas necessárias e realizadas pelos funcionários da Globo é feita por meio do MCO2, um ativo digital verde em blockchain criado pela Moss. Um token de MCO2 equivale a um crédito de carbono, ou, uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida para a atmosfera. Os créditos de carbono possuem certificação internacional e as iniciativas estão de acordo com protocolos da ONU chamados REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).
A operação apoia projetos que atuam na redução do desmatamento da Amazônia, na preservação da biodiversidade e na geração de retorno socioeconômico para comunidades locais. "A partir de agora, a Globo e a GOL se tornam os nossos aliados na preservação do meio ambiente. Juntos, estamos trabalhando em ações efetivas no combate ao desmatamento na Amazônia, e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento sustentável da região", conclui Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss.
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