Para comemorar o mês do Orgulho e trazer luz à pauta LGBTQIA+ nos esportes, o Canal OFF exibe, durante o mês de junho, a série "Todas as Cores do Brasil". Com exibições todas às terças, a partir do dia 7, às 21h, a série coloca no protagonismo as vivências de diferentes grupos de atletas (amadores e profissionais) de idades, gêneros e raças diversas para falarem sobre autoafirmação e o esporte como ferramenta para a inclusão social. Em depoimentos, eles também comentam sobre as suas identidades e como fazem para vencer a homofobia e o preconceito dentro do meio esportivo.
Por meio do encontro de grupos, que praticam atividades como corrida, skate e surfe, o programa mostra como eles se fortalecem individualmente, a partir de suas trocas de experiências. No primeiro episódio, o público poderá acompanhar um grupo de remadores de canoa havaiana que se reúne na Urca (RJ), para uma manhã de prática do esporte. "Na infância, minha relação com o esporte foi de treinar minha masculinidade. Fazia futebol, karatê, jiu-jitsu, judô e capoeira. Minha mãe falava que era para aprender a enfrentar o mundo e a me defender, porque ela sabia que seria difícil se eu fosse muito delicado. Isso me fez entender o esporte como um lugar de competitividade, um lugar masculino, de ter que vencer e ganhar. Hoje sei que não é isso. O esporte é um espaço de coletividade", opina Vida, atleta amador de remo.
No mesmo episódio, como exemplo de diversidade e respeito entre gerações, Lygia Câmara, médica oncologista de 85 anos, rema todas as manhãs antes do trabalho e declara seu amor ao esporte. "Comecei a remar com 70 anos. Morava em Maricá e tinha uma lagoa. Sou nordestina. Adoro água. Eu comprei um kayak e meti a remar! Depois que eu vim para o Rio, me convidaram para canoa havaiana. Estava com 71 anos, agora vou fazer 85", comenta. "Minha alegria é remar com essa juventude sadia e alegre. É demais!", finaliza.
Além disso, a série também apresenta o grupo Corre Teresa, de Santa Teresa (RJ), que, da mesma forma, abraça a diversidade entre seus integrantes. "Em Recife, participo de vários grupos de pessoas que gostam de praticar esportes, mas que acabam sendo excluídos por serem gays ou negros. E este grupo acolhe os atletas LGTBQIA+. Me sinto super abraçado por este projeto", fala Deivison de Lima.
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