ID estreia a série Chamadas Criminosas


Detentos sabiam que estavam sendo gravados e, mesmo assim, entregaram informações cruciais sobre os crimes em suas falas

Os telefonemas que uma pessoa presa faz para familiares e conhecidos podem ser mais reveladores do que um interrogatório. No calor da emoção ou na descontração de conversas informais, podem haver informações cruciais para o desenrolar das investigações e, até mesmo, admissão de culpa.

CHAMADAS CRIMINOSAS (Calls From the Inside), nova série original do ID que estreia na terça-feira, 15 de março, às 22h, utiliza os registros reais dessas ligações para reconstituir o trabalho de elucidação de crimes hediondos, mostrando desfechos de crimes misteriosos que só foram possíveis após a análise minuciosa desses diálogos.

Uma vez que uma pessoa entra no sistema prisional dos Estados Unidos, são várias as oportunidades de realizar telefonemas enquanto aguarda julgamento. A grande maioria dessas ligações são gravadas e os suspeitos sabem disso. Mesmo assim, não é raro que essas ligações documentem confissões, ameaças, atos falhos, chantagens e subornos.

A cada semana, um caso diferente é revisitado pela série. Além das gravações das ligações que contribuíram para desfecho das investigações, a produção traz depoimentos dos oficiais que trabalham na análise desse material, além de entrevistas com pessoas próximas às vítimas e dramatizações que reconstituem os eventos-chave.

Em casos de crimes hediondos, todas as comunicações das pessoas que aguardam julgamento na prisão são monitoradas – na tentativa desesperada de ‘resolverem’ as pontas soltas que ficaram do lado de fora da prisão, não é raro que esses detentos acabem dizendo coisas que os incriminam.

É exatamente isso o que ocorre no caso relembrado pelo primeiro episódio da série. “Acho que você tem capacidade para resolver nosso problema nas próximas 48h. Os recursos necessários estão na sua casa...”, disse o presidiário. Tudo começou em abril de 2017, quando o corpo de uma jovem com idade na casa dos 20 anos foi encontrado em uma área erma do estado americano de Oregon. Um ferimento na cabeça indicava que uma agressão teria sido a causa da sua morte. A vítima permaneceu sem identificação por dois dias até que a trilha de pistas levou os investigadores a descobrir que se tratava de Anna Repkina, uma jovem russa de 27 anos que foi para os Estados Unidos em busca do amor, mas encontrou a morte.

Anna não sabia, mas o seu namorado virtual, William Hargrove, já estava envolvido com uma mulher que, por sua vez, era casada com outro homem. O encontro desses dois triângulos amorosos terminou na morte de Anna. Depois das investigações, o principal suspeito foi preso. O detetive Christopher Duffit ficou responsável por ouvir horas de ligações feitas pelo detento, da prisão, para tentar descobrir se ele agiu sozinho ou fez parte de uma dupla mortal.

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