A única constatação possível a partir dos dados da Anatel referentes ao mercado de TV por assinatura é que o setor segue perdendo base, mas dimensionar o exato tamanho do mercado é uma tarefa impossível, por conta da metodologia adotada pela agência, que agora considera os assinantes dos planos "livre" das operadoras de TV paga via satélite. São serviços que permitem a recepção de alguns sinais de TV aberta e canais obrigatórios por lei, mas que não têm mensalidade. A mudança de metodologia da agência começou a partir dos dados de junho de 2021, quando foram adicionados cerca de 2,5 milhões de usuários aos números computados pela agência, correspondentes a estes clientes que têm os equipamentos de recepção via satélite ativos, mas não pagam nenhum serviço.
Até aquele momento, o mercado tinha pouco menos de 13,9 milhões de acesso de TV paga. Mas desde então, o que se constatou a partir dos dados de agosto, todas as tecnologias de TV por assinatura, exceto fibra, tiveram queda de base. Lembrando que os números da Anatel não mostram os dados de acesso no modelo OTT. Serviços como Claro Box, por exemplo, hoje com cerca de 200 mil clientes, não entram na estatística oficial.
Nos números de TV a cabo (onde a distorção causada pela metodologia da Anatel não teve impacto), houve, entre junho e novembro de 2021, uma queda de 345 mil assinantes, fechando o mês em pouco menos de 5,5 milhões de assinantes. Entre janeiro e novembro de 2021 a queda de clientes em TV a cabo foi de 640 mil assinantes. Esses dados são precisos, e permitem afirmar que a maior operadora de TV a cabo é a Claro, com uma base de pouco mais de 5,38 milhões de clientes com cabo e 87 mil clientes em fibra, mas o número de assinantes de DTH da Claro é bastante impreciso, apesar de a tendência ser de queda. Eram 737 mil clientes de TV paga via satélite em junho de 2021, com a nova metodologia eles saltaram para 1,54 milhão, e desde então já recuaram 45 mil acessos até novembro.
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