A informação foi dada por Marcelo de Campos Pinto, sócio da SportsView, agência que comercializa os direitos de transmissão do Carioca, durante o “Tá Ligado”, programa semanal da Máquina do Esporte que discute o mercado de mídia no Brasil e no mundo [veja no player abaixo].
“A Globo encaminhou uma proposta comercial que estava condicionada à solução da pendência judicial. Quando ela encaminhou essa proposta, que foi de valor interessante, na casa de dezenas de milhões de reais para os clubes, nós imediatamente encaminhamos esse e-mail para o presidente Rubens Lopes, porque a proposta vinha condicionada à solução do litígio. O presidente passou a liderar essa conversa com a Globo não só na questão da demanda judicial, como ontem apresentou aos clubes uma posição que ele gostaria de levar à Globo sobre um acordo judicial e a discussão comercial. Essa proposta foi aprovada por unanimidade entre os clubes”, declarou Campos Pinto.
Segundo o executivo, o projeto da Globo ajudará os clubes a ganharem mais dinheiro e aumentará a base de fãs que consomem o Campeonato Carioca. A posição é diferente daquela adotada por ele e pelos próprios times do Rio de Janeiro no começo do ano, quando decidiram adotar um modelo próprio de geração de imagens e retransmissão dos jogos, o que fez com que o Carioca tivesse um modelo de pay-per-view híbrido, vendido em parte pelos clubes e pela FERJ, em parte pelas operadoras Claro, Sky e Vivo. De acordo com Campos Pinto, as operadoras que hoje detém os direitos de PPV já deram o aval para a negociação com a Globo, o que ampliaria o próprio faturamento delas com uma venda maior de pacotes.
“A gente não constrói base de vendas de um produto pago, em nada no mundo do conteúdo audiovisual, sem muito tempo, suor e sangue. No Campeonato Carioca, tivemos um primeiro ano muito bom, com 220 mil vendas sendo realizadas, mas que ficou bem aquém das 530 mil assinaturas de pessoas que torcem pelos clubes cariocas e que eram assinantes do Premiere. Chegaremos lá, mas isso vai levar tempo”, disse o executivo, para completar:
“Se você tem a oportunidade de voltar a buscar uma base (de consumidores) bem maior em benefício dos clubes e que isso ajude a manter esse produto (o Premiere) para os clubes que disputam as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, isso é algo que pode ser interessante para o futebol como um todo”.
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