A porta para o ouro das minas e das mulas é mais do que terra. Silenciosa e atenta, a serra que sempre esteve debruçada sobre o planalto faz parte de inúmeras passagens históricas do país. Tamanha é a narrativa, que os episódios seguem uma sequência respeitando a ordem dos acontecimentos. Desde sua geologia, de forma leve e sintética, até como a conhecemos hoje.
O roteiro inicia com uma abordagem de sua pré-história e conduz a narrativa até o momento da chegada da modernidade, demonstrando como o Jaraguá foi a porta para caminhos que ergueram o Brasil por dentro. São mostrados nos capítulos seguintes os entraves com os povos indígenas que tinham lá seu território sagrado e a busca pelo tão almejado ouro.
Além disso, os episódios também abordam o desenvolvimento do Sistema Cantareira, em que os pequenos produtores rurais procuram reinventar a relação com a natureza, transformando pastos em florestas e preservando os mananciais.
Essa linha do tempo traçada pelo documentário permite conhecer as múltiplas identidades de um único lugar. É ao mesmo tempo - como demonstra a produção - casa das nascentes d’água, dos povos indígenas - Guaranis - e também do enredo da música Trem das Onze, de Adoniran Barbosa.
A série inédita de cinco episódios, dirigida por Vito D’Alessio, conta com a produção de Angela Nadalucci, Giuseppe Santoro e Marcos Badilho.
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