JR utiliza a linguagem de história em quadrinhos em reportagemDIVULGAÇÃO/RECORD TV |
A nova série do “Jornal da Record”, sobre tráfico humano, estreia na segunda-feira (10/05/2021) com uma reportagem produzida de forma inédita na TV aberta brasileira. Pela primeira vez, uma emissora apresenta uma reportagem em um telejornal com uso da linguagem dos quadrinhos,
O tráfico internacional de pessoas é o segundo crime mais rentável no mundo, atrás apenas do de drogas e armas, e movimenta R$ 183 milhões por ano. A nova série especial, “Aprisionadas”, conta, em quatro reportagens, o drama vivido por brasileiras vítimas desse tipo de crime. Todos os casos tem um ponto de partida em comum: o aliciamento pelas redes sociais. Quatro temas serão desenvolvidos: grupos extremistas, tráfico de órgãos, exploração sexual e escravidão contemporânea.
A repórter Thais Furlan teve acesso a denúncias de mulheres que eram levadas, num esquema criminoso de tráfico de órgãos, para o exterior. Uma delas, traumatizada, não quis gravar entrevista para as câmeras, mas narrou em áudio tudo o que aconteceu. E, para contar essa história, a equipe do Jornal da Record, aposta no jornalismo em quadrinhos.
Para não expor essa vítima, a segunda reportagem da série, exibida na terça-feira, une o desenho e a voz para apresentar um crime. Alexandre de Maio, uma das maiores referências do país em jornalismo em quadrinhos, faz parte desse projeto. Jornalista premiado no Brasil e no mundo, ele prova que os quadrinhos também podem informar. A história é real e, por meio do desenho, é possível revelar detalhes do local, do suspeito e de todas as situações. Imagens que a Record TV não mostra para preservar a vítima, mas, com o uso da HQ, ajuda o telespectador a entender a história.
O projeto foi desenvolvido pela Diretoria de Conteúdo, que busca novos formatos e linguagens para o jornalismo da Record TV. Muitos relacionam os quadrinhos a uma leitura juvenil, mas, com esta reportagem, o público vai se dar conta de como os desenhos podem ser uma ferramenta importante para informar, com clareza e precisão.
Antes, a série estreia, na segunda-feira, com o caso de uma jovem de 19 anos que se envolveu com grupos extremistas e viajou para a Turquia. Desde então, a família, que vive em São Paulo, não consegue ter notícias de seu paradeiro.
E na matéria sobre exploração sexual, no ar na quarta-feira, destaque para a ação de agentes da imigração de Londres que salvaram uma brasileira de ser vítima deste crime que afeta quase 5 milhões de pessoas no mundo.
A última reportagem da série revela como duas mulheres bem-sucedidas tornaram-se vítimas da chamada escravidão contemporânea. Enganadas por homens que prometiam uma vida de luxo e fantasia na Turquia, as brasileiras, quando se encontraram com os companheiros, perceberam que a realidade era completamente diferente. Elas não podiam sair de casa, faziam serviços domésticos, cuidavam de idosos, e eram castigadas diariamente.
As reportagens são de Thais Furlan, Fernanda Camargo, Daniel Arcanjo e Lucas Bueno, com coordenação de Rosana Teixeira.
O “Jornal da Record” vai ao ar das 19h55 às 21h00.
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