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PUBLIEDITORIAL
As operadoras de TV a cabo, satélite
e telecomunicações por assinatura devem esperar um dos piores anos para o corte
de assinantes, de acordo com dados recentes da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). Nem com o respiro experimentado pela quarentena e
pelo isolamento social durante os primeiros meses da pandemia do coronavírus
deu conta de segurar a queda livre de assinantes do setor.
Segundo a Anatel, mais de 1 milhão e
300 mil casas abandonaram suas assinaturas de TV
por assinatura nos últimos 12 meses. Atualmente, apenas 15 milhões
de residências têm pacotes de TV a cabo, satélite ou telecomunicações, uma
queda de 8% no acumulado do período. Em 2014, o número total de assinantes chegou
a bater 20 milhões.“Muitos consumidores estão optando por cortar o fio por
causa dos preços altos, especialmente em comparação com as alternativas de
streaming”, disse o analista do site Melhor Escolha, portal que compara planos
de internet e TV por assinatura. “A perda de esportes ao vivo no primeiro
semestre com a pandemia provavelmente contribuiu para novas quedas. Embora os
esportes tenham voltado, as pessoas não vão voltar aos seus antigos planos de
cabo ou satélite, pois os mesmos podem ser assinados pela internet”.
Um outro fator, que ganhou espaço
nos últimos anos e que foi responsável por abocanhar uma boa parte da fatia que
era dominada pela TV por assinatura, são os serviços e plataformas de
streamings, que vive uma época de expansão - não só no âmbito nacional como no
internacional também. A briga entre os canais de streaming e TV paga não é
recente e já chegou até na justiça. No fim de 2018, a Claro TV
denunciou a programadora de conteúdo Fox por oferecer, por meio do Fox+, seus
canais diretamente aos clientes via internet banda larga. A disputa foi longa e
a Fox até chegou a ficar suspensa de vender seus canais pela internet.
Mas, recentemente, a Anatel deu
“vitória” a FOX e a todas as outras programadoras de conteúdo, quando deliberou
que Ofertas de Conteúdo Audiovisual Programado via Internet por meio de
Subscrição (sVOD) não se enquadram como Serviço de Acesso Condicionado (SeAC).
Isso quer dizer que as ofertas de canais online não ao vivo, não devem se
submeter à regulação da agência nem à Lei do Serviço de Acesso Condicionado
(SeAC), que estabelece as obrigações para a TV por assinatura.
Com o sucesso da Netflix, acompanhado da queda no número de assinaturas de planos de TV e do preço mais em conta nos pacotes, as novas programadoras decidiram oferecer também seus serviços de maneira online. Para isso, é necessário que o consumidor tenha em casa um plano de internet banda larga. A Rede Globo reestruturou o seu serviço de streaming para entrar na concorrência de igual para igual. Durante a pandemia, a Globoplay dobrou o número de usuários em menos de um ano e tem hoje 2,5 vezes mais assinantes, que liberou em seu catálogo câmeras exclusivas do reality show Big Brother Brasil, novelas antigas na íntegra e, a partir do mês de outubro, 8 canais do Grupo Globosat no seu novo plano, incluindo a GloboNews, Canal Viva e Multishow.
A Claro também anunciou recentemente
que lançará ainda este ano o Claro Box, seu próprio serviço de streaming pela internet.
O serviço deve oferecer acesso ao NOW e canais abertos, além de aplicativos
como Netflix, Premiere, conteúdo Telecine, HBO, todos com contratações a parte,
obviamente. Como a oferta engloba canais aberto com programação ao vivo, o
plano é classificado como um plano de TV por assinatura convencional, ou seja,
submetido a toda carga tributária desse tipo de serviço que deve encarecer um
pouco a mensalidade. A Oi também ensaia atuar pelo modelo. A operadora dos
planos de TV Oi Fibra lançou em meados de 2019 seu próprio
streaming box com Android TV.
Outra gigantes chegando por aqui
ainda esse ano é a Disney+, que tem data de lançamento no Brasil programada
para novembro. Com um valor talvez mais salgado do que as demais, o streaming
da Disney contará em seu catálogo com mais de 600 títulos, entre filmes
clássicos e inéditos, séries e programas de TV, com qualidade de vídeo em 4K. A
Amazon Prime Video também tem investido em novas produções e apostado em um
preço mais acessível ao grande público (hoje, a assinatura da Prima custa
apenas R$ 9,90). Também estão disponíveis no Brasil, os serviços de streaming
da AppleTV+, Telecine Play e HBO Go.
com preços absurdos e a pirataria tomando conta a tendencia é acabar.
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