"Gravar uma temporada do programa na América Latina era uma vontade nossa há muito tempo. Finalmente concretizamos isso no Chile, e foi muito legal porque trouxe um sentimento de pertencimento. Mas, por outro lado, foi interessante constatar que, apesar da proximidade geográfica, as diferenças culturais entre o Brasil e o Chile são muito significativas. Além disso, o que me marcou também foi o fato de o país ser o mais longitudinal do mundo. O Norte é muito diferente do Sul, por conta da distância entre as regiões. Cada lugar tem suas especificidades marcantes, com variações climáticas e uma diversidade incrível de paisagens, com montanhas, deserto, praias", destaca a apresentadora.
Durante a viagem pelo Chile, Didi caminha em um campo de gêiseres no deserto mais árido do planeta, em San Pedro de Atacama, onde também acampa; se perde entre centenas de grafites em um dos principais centros de street art do mundo, em Valparaíso; experimenta cervejas artesanais em Puerto Varas; observa os anéis de Saturno no céu mais limpo do mundo, no Valle del Elqui, entre outros destinos surpreendentes. Logo no primeiro episódio, o telespectador confere os passeios da apresentadora pela Patagônia, onde ela navega de caiaque entre icebergs no Lago Grey e conhece de perto o paredão de gelo do Glaciar Grey, parte do terceiro maior campo de gelo da Terra.
Didi ressalta que o "Lugar Incomum" sempre busca mostrar as pessoas que moram no país retratado e trazer temas atuais: "A população do país é muito simpática e educada. Conhecemos chilenos muito interessantes, que participam do programa e falam um pouco sobre cada lugar, onde moram. Conversamos com uma menina que trabalha em uma loja de venda, conserto e aluguel de bicicletas. Uma mecânica de bicicletas, desafiando o estereótipo de que mecânicos costumam ser homens. Falamos também com dançarinos de Hip Hop de um grupo de dança em Santiago, com um garçom que trabalha há vinte anos no mesmo restaurante do Mercado Central de Santiago, entre outros personagens que nos marcaram. Nós viajamos para o país pouco tempo após as manifestações que tomaram conta da região, então presenciamos também um clima de instabilidade social e de insatisfação generalizada e compreensível - a população ainda estava muito em função disso."
Em Santiago, capital chilena, Didi observa a mistura de culturas e tradições do país e descobre danças típicas regionais, como a Cueca, além de pratos e drinques clássicos: "Eu já tinha viajado para o Chile, então gostei de provar de novo a Centolla, muito característica do país. Foi gostoso poder viver de novo essa experiência. Uma matéria bem legal que gravamos foi sobre o drinque Terremeto, típico chileno, feito à base de sorvete de abacaxi, um vinho branco adocicado e outros ingredientes. Só não dei tantos goles porque estava em serviço!".
A apresentadora destaca o lado mais radical de sua viagem e conta que se arriscou no sandboard nas Dunas de Concón, fez rafting pelo rio Petrohué, entre outras aventuras: "Durante o rafting, um dos instrutores me propôs a pular de uma pedra de cinco metros de altura direto no rio, cuja água estava em degelo, em uma temperatura fria. Eu encarei o desafio, subi na pedra à margem do rio e pulei - não sei se estava com mais medo do salto ou da correnteza me levar para a Argentina. O rafting em si também foi incrível, a água é cristalina e de um lado podíamos observar a vegetação e, do outro, as montanhas com pico nevado. Foi prazeroso observar essa vista de uma natureza preservada e participar de um esporte radical que também é sustentável: nada do rafting ameaça o ecossistema local".
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