Justiça determinou que TV Alterosa retire vídeo de um programa do Youtube, que traz uma série de críticas ao artista e à produtora Paula Lavigne
Segundo a ação, durante o programa "TV Verdade", Carlini comparou os dois "com o crime cometido por alguém que drogou uma menor de idade e com ela manteve relação sexual, afirmando que o autor aprova a pedofilia".
Uma outra ré da ação corroborou a afirmação dizendo que, para Caetano a pedofilia é algo normal. Um terceiro réu ofendeu o compositor baiano de "vagabundo" e que ele também aprova a pedofilia e chamou a produtora de "peste" e "maconheira".
Na ação, Caetano e Lavigne dizem que o programa os "achincalhou, ofendeu e difamou".
Decisão
De acordo com a Justiça, as alegações levantadas pelos dois estão contidas no vídeo postado na plataforma digital.
"Nelas, o autor é qualificado de pedófilo e pessoa que apoia a pedofilia, sendo equiparada sua relação com a autora e atual companheira à de criminoso e abusador sexual, ao passo que Paula é chamada em altos brados de maconheira, vergonha das mulheres e nojenta, dentre outros adjetivos do mesmo quilate. Foi dito, ainda, que Caetano Veloso é um artista que busca viver da Lei Rouanet, às custas do povo e de imbecis que lhe dão dinheiro", diz trecho da decisão.
A decisão cita, ainda, que não foram mostradas nenhuma prova que comprovasse as ofensas aos artistas. Além das falas, o gestual do apresentador e dos outros dois participantes também "sugerem o propósito de menoscabo e caráter sensacionalista da veiculação, o que, em hipótese alguma, pode ser confundido com a nobre atividade jornalística, com a lícita manifestação do pensamento ou o debate de ideias."
Ainda conforme a Justiça, isso configura dano moral e fere o artigo 5º da Constituição Federal, que assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas.
Outro lado
A reportagem entrou contato com o apresentador e diretor da TV Alterosa, Ricardo Carlini, para que comentasse o processo, mas não recebeu resposta.
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