Rede Globo confirma casos de coronavírus entre seus funcionários no Rio e em São Paulo


Com os estúdios praticamente fechados, o único setor da Globo que não perdeu o ritmo foi o jornalismo, mas devido ao trabalho intensivo na cobertura contra a pandemia no país, pelo menos seis casos da nova doença já foram confirmados entre os funcionários.
Os casos apontados até aqui estão concentrados no Rio de Janeiro. São cinco casos na principal sede da emissora e um em São Paulo. A informação, dada pelo site Notícias da TV, foi confirmada pela assessoria de imprensa da Globo e revelada por Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo.
O chefão do departamento enviou um e-mail para os seus subordinados reforçando as medidas de prevenção contra a proliferação da doença. Dos seis casos no Rio, cinco foram considerados leves e estão em plena recuperação. O caso de SP chegou de viagem e entrou em quarentena em casa.
Com os jornalistas nas ruas, a empresa reforçou medidas para a redução dos riscos de contágio, como dois microfones, um para o repórter e outro para o entrevistado, além de kits de higienização. Na redação, a divisão do trabalho tem evitado aglomerações.
No e-mail enviado na última quarta-feira (1º), Ali enfatizou as ações da Globo no combate à pandemia, pediu cuidado e desejou recuperação aos doentes

Confira o texto na íntegra:
“Desde o início da crise do coronavírus, a Globo tomou providências que têm se mostrado acertadas. Todos os que têm doenças crônicas e os maiores de 60 anos deixaram a redação e passaram a trabalhar em casa. Da mesma forma, ao primeiro sintoma de gripe ou resfriado, nossos colegas permaneceram em casa.
Os testes se tornaram muito difíceis, mas nos últimos dias conseguimos testar os companheiros com sintomas mais evidentes. Alguns deles testaram negativo, o que mostra que nem todos com sintomas estão com Covid, o que é boa notícia. Outros testaram positivo, mas todos com quadros leves (porque afastamos aqueles com mais de 60 e com doenças crônicas).
Até aqui, há seis casos de Covid espalhados por nossas áreas. Um em São Paulo e os outros no Rio (o de São Paulo é de profissional que apresentou sintomas quando estava em home office por ter voltado do exterior). Todos se recuperam bem. Como foram afastados ao primeiro sintoma, e como os testes ficaram prontos agora, o perigo de maior contágio já passou.
Mesmo assim, conversamos com todos para que nos dissessem com quem mantiveram um contato mais [próximo]. E afastamos os que eles indicaram, para que completassem os dias que faltam até o décimo quarto. Com o espaçamento entre postos de trabalho, isso se tornará cada vez menos necessário. Tenho conversado com todos os que foram diagnosticados com a Covid. Estão bem. Todos nós queremos logo que voltem, curados e imunes.
Outros casos virão? É provável, em meio a uma pandemia. Mas as medidas que adotamos hão de nos ajudar a que não sejam muitos. E, por essa razão, eu repito aqui:
Temos de respeitar o espaçamento entre postos de trabalho.
Temos de higienizar nossos equipamentos, nossas mesas e o braço as cadeiras. Ninguém melhor do que nós mesmos para cuidar disso.
Temos de lavar as mãos com frequência e não levá-las ao rosto.
Temos de evitar discutir matérias um ao lado do outro: em vez disso, conversemos por ramal, mesmo estando a um posto de distância.
Temos de nos afastar um do outro na ilha de edição.
Temos de permanecer em casa ao menor sintoma de resfriado ou gripe e avisar a chefia e ao RH.
Temos de avisar a chefia se tivemos alguém em casa com sintoma de gripe, para que, juntos, decidamos o que fazer.
Se seguirmos essas medidas, mais seguros estaremos. E poderemos continuar a prestar esse serviço tão essencial para que os brasileiros superem essa pandemia: informar.
A saúde a todos, saúde aos colegas com Covid.
Ali”.
Com informações,RD1

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