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Em um piscar de olhos, quase 15 anos se passaram desde que algo inesperado transformou a cidade de Frankfurt, na Alemanha, no palco de um show do futebol brasileiro, no dia 29 de junho de 2005. Não foi truque, muito menos ilusão. Aconteceu. Quem viu, não esquece. E quem não viu, tem a chance de comprovar neste domingo (19), na TV Globo, com a narração original de Galvão Bueno. Uma viagem ao passado de volta à final da Copa das Confederações contra a Argentina, que ficou marcada na história da seleção brasileira. Não só pela conquista, mas por uma goleada por 4 a 1 sobre o maior rival.
Três semanas antes da decisão na Alemanha, as duas seleções se enfrentaram em Buenos Aires, pelas Eliminatórias da Copa de 2006. Em 40 minutos a Argentina abriu 3 a 0 e encaminhou a vitória, que garantia a classificação para a Copa do Mundo da Alemanha. O Brasil ainda fez um gol no segundo tempo, mas não foi capaz de impedir a derrota. Com isso, os hermanos chegaram naquela final cheios de confiança.
"Todo Brasil e Argentina é um grande momento, mas este teve realmente um sabor especial. A seleção vinha de uma derrota no encontro pelas Eliminatórias. Uma decisão com a Argentina, no ano anterior a uma Copa, tinha todo um clima especial. A seleção realmente fez uma partida genial. O Parreira montou um time excepcional, com um quarteto formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano, todos no auge. Foi um espetáculo, muito especial mesmo", destaca Galvão Bueno.
Para relembrar esta grande atuação do Brasil, Gustavo Villani e Roger Flores trazem histórias daquele dia em um pré-jogo de 15 minutos, que começa logo após 'Temperatura Maxima'. Por vídeo, o vão conversar com o próprio Parreira, com o ex-meia Kaká, autor de um dos gols na partida, e também com o ex-jogadores Roque Júnior e Zé Roberto, em um esquenta da decisão, que será exibida novamente no horário tradicional do futebol domingo na TV Globo. Os dois também estarão à frente do show do intervalo e do pós-jogo, com a festa do título.
Uma testemunha daquela atuação de gala foi o repórter Tino Marcos. À beira do campo, viu nascer naquele jogo o badalado quadrado mágico do ataque brasileiro: Ronaldinho, o melhor jogador do mundo na época; Kaká, o futuro melhor; Adriano, um centroavante forte, na melhor fase da carreira até então; e Robinho, um habilidoso atacante que estava em ótima fase no Santos. Uma época de grande otimismo para o futebol pentacampeão do mundo.
"Era um momento de ouro pra seleção brasileira, que vinha do título mundial em 2002, da conquista da Copa América em 2004 e tinha superado simplesmente a Alemanha, dona casa, na semifinal. Faltava a Argentina, o maior rival. Seria a primeira decisão entre os dois gigantes fora da América do Sul. E a confiança brasileira era elevadíssima para aquela decisão em Frankfurt", lembra Tino Marcos.
Além desta partida, a transmissão conta com uma ode ao quadrado mágico, relembrando um gol que marcou aquele esquema tático de Parreira. Com Ronaldo, que não estava no grupo campeão em 2005 no lugar de Ronaldinho Gaúcho, um gol simbolizou o talento que aquele time carregava nos pés: o segundo da vitória por 5 a 0 sobre o Chile, em Goiânia, pelas Eliminatórias. Villani e Roger vão mostrar este gol sob uma ótica diferente, inspirada no videogame. .
TINO MARCOS
- Este Brasil x Argentina se diferencia de outros clássicos entre as duas seleções que você já cobriu?
O time deles tinha muitos talentos, como quase sempre. Riquelme, Sorín e Tevez, por exemplo. A Argentina tinha se classificado em primeiro no grupo e o Brasil, em segundo, atrás do México, que venceu o jogo contra os brasileiros na fase de grupos. Mas a seleção tinha o jogador que fazia toda a diferença naquela época. Era impressionante ver o Adriano jogar. Tinha arrebentado na temporada italiana pela Inter de Milão e os argentinos pareciam estar morrendo de medo dele. Na final, ele arrebentou. Vai ser muito legal rever esse jogo.
- Como era o Tino Marcos daquela transmissão de 29 de junho de 2005?
O Tino Marcos daquela época saboreava as conquistas da seleção que se enfileiravam na década e tinha forte esperança de que o Brasil seria campeã mundial no ano seguinte.
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