Fechamento das salas de cinema leva à alta procura de serviços de streaming em meio a pandemia de coronavírus



Pela primeira vez, não ocorreram estreias no cinema brasileiro na semana. Os adiamentos seguiram a mesma tendência do que ocorreu no restante do mundo. Foram postergadas as estreias de longas como o novo 007 - No Time to Die, Mulan e Velozes e Furiosos 9. A decisão das distribuidoras e dos cinemas do país antecipou as medidas de restrição de circulação de pessoas e de abertura dos comércios em vários estados.

Dados de 2019 da consultoria de mercado mobile App Annie apontam que o Brasil apresentou uma alta de 90% nas visualizações de streaming, o sexto maior crescimento mundial no período. Em paralelo, o tráfego de internet fixa teve alta média de 40% no país. O crescimento das plataformas de streaming deverá ser ainda mais impulsionado com a quarentena. Nos Estados Unidos, a audiência das TVs subiu 6% no último final de semana e o uso de streaming teve alta de 13%, mesmo com a crise econômica ganhando corpo, segundo a consultoria Nielsen.

"Com a dispensa dos alunos das escolas, os pais ganharam a responsabilidade de continuar trabalhando remotamente ao mesmo tempo em que precisam manter os filhos ocupados em casa. Isso acaba expandindo tanto o tráfego de internet quanto de plataformas de streaming como Netflix e Amazon Prime", afirma Alexandre Bessa, professor de Canais Digitais da pós-graduação da ESPM SP.

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