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Duas entidades representativas dos atletas, a Fenapaf (Federação Nacional de Atletas de Futebol Profissional) e o Sindicato dos Atletas de Futebol endereçam cobranças para CBF e Globo em torno do calendário do futebol brasileiro, paralisado por causa da pandemia do coronavírus. As informações foram publicadas pelo UOL Esporte.
A grande novidade por parte dos jogadores é a ideia de reduzir o número de datas do Brasileirão. "Nós já conversamos várias possibilidades. Vai depender como a epidemia vai andar. Se tudo voltar ao normal até maio, dá para encaixar tudo. Se não voltar, vai ter que mudar o modelo de competição", disse Alfredo Sampaio, representante do Saferj (Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio Janeiro) e da Fenapaf.
"Só que aí isso também passa por alguns problemas contratuais. A Globo tem contrato para transmitir 38 partidas. Se diminuir o número de partidas, a Globo pode não querer pagar. A gente falou sobre diversas formas [diferentes de tocar o Brasileirão]", disse.
Alfredo Sampaio mencionou uma sugestão feita por parte das entidades representativas dos jogadores. "Citamos dois grupos de dez jogando entre si, campeão de um contra o campeão de outro. E aí teríamos 22, 24 datas se fosse jogo ida e volta. O importante entender é que essa decisão depende muito da questão do vírus. Se o vírus acabar em maio, tudo bem, mas e se acabar em junho ou julho? Aí não tem como ter 38 datas."
A sugestão sobre a mudança de formato do Brasileirão 2020 se deve ao entendimento dos atletas de que não há a possibilidade de estender o calendário até meados da próxima temporada. A CBF também não tem intenção de interferir em seu calendário para 2021. Eles também descartam igualar o formato adotado na Europa, com os jogos se iniciando em agosto de um ano e terminado em junho do outro ano.
Por outro lado, há os interesses das TVs. Não só da Globo, mas também da Turner, que tem acordo com oito clubes da Série A neste ano para transmissões. Nenhum dos grupos se mostra entusiasmado ou favorável a uma mudança de formato e o retorno do mata-mata.
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