A Kantar Ibope Media apresenta uma nova edição do estudo Inside TV, que mapeia como, quando, quanto e onde o brasileiro consome TV. Entre os principais insights, está o fato de que o conteúdo em vídeo é o mais visto entre brasileiros, consumido por 99% dos respondentes da população. A resposta engloba os formatos de TV pela internet, TV aberta, Pay TV, sites, aplicativos, video on demand e vídeos gratuitos na internet.
A TV continua em destaque – segundo o estudo, nos últimos cinco anos o tempo médio de consumo diário no Brasil aumentou em 34 minutos, saltando de 6h07 para 6h17 apenas entre 2018 e 2019. Entre as regiões que mais assistem televisão, está a Norte em primeiro lugar, com 6h30, e a Sudeste em segundo, com 6h29. No compartivo com o resto do mundo, a diferença de consumo dos brasileiros chama a atenção, uma vez que a média diária mundial é de 2h55 – o que significa que, no Brasil, ela é maior que o dobro.
O estudo conclui ainda que o conteúdo de TV é diverso e consumido em larga escala por diferentes perfis, sendo que cada pessoa assiste, em média, cerca de oito gêneros de televisão. Nos anos 2000, o mercado trabalhava com 14 gêneros diferentes de TV – em 2019, o número mais que dobrou e, hoje, são 32. No meio da TV paga, os assinantes estão consumindo cada vez mais do conteúdo disponível em seus pacotes: entre eles, a proporção de tempo dedicado ao consumo de Pay TV em relação ao total de TV foi de 34% em 2010 para 43% em 2019. O estudo define que os fãs de TV por assinatura são pessoas conectadas, com mais acesso à internet e a diferentes devices do que a média da população.
Em relação à publicidade, 29% dos entrevistados respondeu que, enquanto assiste TV, pesquisa na internet mais informações sobre produtos anunciados na programação. Com isso, define-se uma nova categoria de publicidade: o shopvertising, que é quando a TV converte em compra o produto que anuncia. O modelo, nos últimos anos, tem sido potencializado, com cada vez mais interatividade entre a audiência e a TV. Só em 2019, foram registradas quase 15 mil novas marcas anunciando no comercial da televisão, com destaque para aquelas cujo negócio é nativo do digital – entre elas, houve um aumento de 48% de inserções em relação a 2018.
A pesquisa também traz um índice que mede a relação entre o tempo de exibição e o tempo consumido de uma programação. Números acima de 100 significam uma alta intensidade de consumo. Pelo estudo, concluiu-se que o ranking de intensidade é maior no gênero novela, mas os gêneros ao vivo também ganharam muita relevância entre os consumidores. O fato se reflete nas redes sociais: os gêneros mais comentados nas plataformas foram reality shows, séries, novelas, premiações e esportes. Em 2019, as conversas sobre conteúdo em vídeo atingiram 21 bilhões de impressões no Twitter. Já a TV segue dominando a rede, com 15 vezes mais impactos do que os vídeos on demand.
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