Em entrevista ao podcast 'Qualé, Moré?', do apresentador Ivan Moré,
Mauro Naves voltou a falar de seu afastamento, e posterior saída da
Globo, ocorrido no ano passado, quando a emissora não concordou com sua
atuação no caso de denúncia de estupro que envolveu o jogador Neymar.
"Foi triste e vexatório ser anunciado no Jornal Nacional. Não anunciou
ali que eu estava demitido, mas a forma [com que a Globo] falou ali eu
entendi que não iria ter volta", confessou.
A Globo inicialmente o afastou do trabalho porque ele forneceu o telefone de Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, ao advogado José Edgard Bueno, em troca de uma posterior entrevista exclusiva. Na ocasião, a emissora Globo viu "evidências de que suas atitudes [as de Naves] neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta de seus jornalistas", dizia a nota divulgada no Jornal Nacional.
"Quando eu vi aquilo [no Jornal Nacional] é óbvio que você baqueia. Eu já achava que era um caminho sem volta. Você já começa a amadurecer a ideia [de demissão], continuei com a consciência limpa, não fiz nada que agredisse moralmente ou eticamente a TV, mas houve entendimento deles de que eu tinha que ter avisado", explica.
"Eu liguei pra ele [pai do Neymar] e falei o que estava acontecendo. Expliquei que um advogado tinha me procurado, tinha uma acusação contra o filho dele e que queria falar com ele. Perguntei se poderia passar o telefone, ele me disse que sim. Passei de um pra um, de um pra outro e fiquei esperando ter a notícia, mas a notícia não aconteceu porque ela se desentendeu com esse advogado e ele caiu fora. Falei: 'Caí fora junto, não tenho mais a fonte'. Fiquei sossegado'", conta.
"Eu fui informado sobre o caso na semana, o advogado iria me dar a notícia em primeira mão quando ele entrasse com algum processo, só que ele saiu do caso e eu falei 'perdi minha fonte. Acabou, fiquei fora'. Na semana seguinte, que apareceu meu nome, eu não estava nem acompanhando mais. Era um noticiário já quase que policial, eu não tinha mais nada a ver com aquilo porque a minha fonte tinha caído fora do caso", justifica o repórter.
"Aí, na semana seguinte, quando o pai do Neymar resolve soltar uma nota com o print da conversa entre ele e o advogado, tinha lá o meu nome. Aí a TV achou que eu deveria ter falado, mas eu não tinha mais a notícia para ligar para o diretor e falar: 'Sabe aquele caso? O cara me procurou'. Não importava isso, na minha cabeça não importava mais. Enfim, foi um entendimento dela [Globo]", lamenta.
"Eu tive o meu 7x1 com a Globo no ano passado, eu não estava esperando. Foi meu maior 7x1, pessoal e profissional. Eu gostaria de continuar [na Globo] porque a situação que aconteceu me colocou de um jeito como se eu tivesse feito algo errado. Eu entendo até hoje que eu não fiz nada errado", defende.
"Foi um baque. Na hora, você fica sem o pé no chão, perde um pouco a noção do que vai fazer porque você está acostumado a seguir aquela rotina. Mas eu não sei também com o processo que a TV [Globo] está passando se eu iria demorar até quando", comenta o repórter.
A Globo inicialmente o afastou do trabalho porque ele forneceu o telefone de Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, ao advogado José Edgard Bueno, em troca de uma posterior entrevista exclusiva. Na ocasião, a emissora Globo viu "evidências de que suas atitudes [as de Naves] neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta de seus jornalistas", dizia a nota divulgada no Jornal Nacional.
"Quando eu vi aquilo [no Jornal Nacional] é óbvio que você baqueia. Eu já achava que era um caminho sem volta. Você já começa a amadurecer a ideia [de demissão], continuei com a consciência limpa, não fiz nada que agredisse moralmente ou eticamente a TV, mas houve entendimento deles de que eu tinha que ter avisado", explica.
"Eu liguei pra ele [pai do Neymar] e falei o que estava acontecendo. Expliquei que um advogado tinha me procurado, tinha uma acusação contra o filho dele e que queria falar com ele. Perguntei se poderia passar o telefone, ele me disse que sim. Passei de um pra um, de um pra outro e fiquei esperando ter a notícia, mas a notícia não aconteceu porque ela se desentendeu com esse advogado e ele caiu fora. Falei: 'Caí fora junto, não tenho mais a fonte'. Fiquei sossegado'", conta.
"Eu fui informado sobre o caso na semana, o advogado iria me dar a notícia em primeira mão quando ele entrasse com algum processo, só que ele saiu do caso e eu falei 'perdi minha fonte. Acabou, fiquei fora'. Na semana seguinte, que apareceu meu nome, eu não estava nem acompanhando mais. Era um noticiário já quase que policial, eu não tinha mais nada a ver com aquilo porque a minha fonte tinha caído fora do caso", justifica o repórter.
"Aí, na semana seguinte, quando o pai do Neymar resolve soltar uma nota com o print da conversa entre ele e o advogado, tinha lá o meu nome. Aí a TV achou que eu deveria ter falado, mas eu não tinha mais a notícia para ligar para o diretor e falar: 'Sabe aquele caso? O cara me procurou'. Não importava isso, na minha cabeça não importava mais. Enfim, foi um entendimento dela [Globo]", lamenta.
"Eu tive o meu 7x1 com a Globo no ano passado, eu não estava esperando. Foi meu maior 7x1, pessoal e profissional. Eu gostaria de continuar [na Globo] porque a situação que aconteceu me colocou de um jeito como se eu tivesse feito algo errado. Eu entendo até hoje que eu não fiz nada errado", defende.
"Foi um baque. Na hora, você fica sem o pé no chão, perde um pouco a noção do que vai fazer porque você está acostumado a seguir aquela rotina. Mas eu não sei também com o processo que a TV [Globo] está passando se eu iria demorar até quando", comenta o repórter.
Com informações do Notícias da TV
Postar um comentário
Deixe seu comentário