Neste sábado, dia 22 de fevereiro, o Discovery exibe o último episódio da terceira temporada de "Aeroporto: Área Restrita", produção da Moonshot Pictures que documenta as operações policiais e investigativas de segurança e de inteligência dos aeroportos do Brasil. Enquanto a primeira e a segunda temporada registraram só o dia a dia de Guarulhos, em São Paulo, a nova leva foi gravada também nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e em Confins, Minas Gerais. Além da Discovery, a atração é exibida também na TV aberta, pela Record.
"A série nasceu de uma curiosidade pessoal minha – sempre tive interesse no funcionamento das coisas e com os aeroportos não era diferente. É um lugar que sempre passo – impossível não ficar imaginando como um lugar tão grande, com fluxo tão intenso de pessoas, funcione nos mínimos detalhes", conta Roberto D'Avila, da Moonshot, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. Gravar um programa de TV em um local de tamanha proporção, como ressaltou o produtor – só em Guarulhos, circulam em média 300 mil pessoas diariamente – não é uma tarefa fácil. D'Avila garante que foi a série mais difícil de filmar em termos de autorizações: foram necessárias 27 delas, de diferentes áreas dos aeroportos, para conseguir acesso integral às tais áreas restritas que dão o nome ao seriado.
Com três temporadas bem sucedidas – segundo o canal, é uma das produções de maior audiência da marca e uma das principais responsáveis por alavancar a audiência da mesma como um todo – "Aeroporto: Área Restrita" se reinventou na temporada mais recente, com as gravações não apenas em Guarulhos, em São Paulo, como nas levas anteriores, mas também nos aeroportos do Rio e de Belo Horizonte. "Depois de duas temporadas no mesmo lugar, algumas coisas já viram rotinas e casos semelhantes começam a surgir. Ir para outros aeroportos deu um colorido interessante. No Rio, por exemplo, apesar dos funcionários trabalharem para o mesmo órgão do que os de São Paulo, o comportamento já é um pouco diferente. Mesma coisa em relação aos passageiros: vemos novas reações diante das abordagens policiais", analisa D'Avila.
Outra novidade foi a ampliação da estratégia da série para o digital. Adriana Cechetti, diretora de produção dos canais da Discovery, também em entrevista exclusiva para TELA VIVA, conta que o material complementar à produção disponível no Discovery.com é extenso e foca principalmente no humor: "No site, fazemos listas divertidas em vídeos, como 'As desculpas mais esfarrapadas que as pessoas usam ao serem abordadas' ou 'Unboxing – os itens mais curiosos encontrados pelos agentes'. A terceira temporada, gravada em mais aeroportos, trouxe mais dinamismo, por isso levamos essa característica para o digital também". No site do programa, é possível conferir ainda vídeos de melhores momentos e os mais vistos pela audiência.
A produção da série, que pode ser definida como um doc-reality, é desafiadora. "Discutimos sempre qual a melhor maneira de se gravar – não podemos atrapalhar o trabalho dos agentes ou interferir nas cenas ao mesmo tempo em que desejamos produzir um bom conteúdo, com entretenimento. Em algumas diárias de gravação muita coisa acontece, em outras não registramos nada interessante. Esse é o principal desafio do gênero", aponta Cechetti. Ainda assim, D'Avila avalia que as primeiras temporadas foram mais tensas em termos de gravação do que essa, mais recente: "Os funcionários passaram a conhecer nosso trabalho e se acostumaram com a nossa presença. Viram que nossa ideia era mostrar os procedimentos reais mesmo, e não apontar o dedo ou mostrar só problemas. Aí eles relaxaram mais. Algumas pessoas que não quiseram aparecer na primeira temporada, já se dispuseram a participar a partir da segunda. Notamos com alegria um grau de confiança e cooperação crescente – e nós precisamos disso. Estamos dentro de áreas operacionais, vendo coisas que são potencialmente crimes, dentro de um sistema de segurança complexo. Então é óbvio que há tensão e estresse. Mas nesse sentido, as pessoas facilitaram muito nosso trabalho".
Pensando em uma possível quarta temporada – cuja possibilidade de se realizar é praticamente certa – o produtor comenta: "Sempre buscamos novidades – por isso não descartamos filmar em novos aeroportos, conhecer outros personagens, diferenciar os assuntos. Dá para explorar aeroportos pelos quais já passamos e ampliar isso ainda. Hoje em dia há cada vez mais diversidade de voos internacionais para outros destinos do Brasil fora do eixo Rio-São Paulo, como Brasília, Fortaleza, Recife… Ainda não prospectamos com nenhum desses lugares, mas podem ser boas opções".
Atualmente, o Discovery exibe "Aeroporto: Área Restrita" com quatro episódios no ar na sequência a partir das 22h dos sábados, sendo dois programas reprisados e dois inéditos. O último episódio da terceira temporada vai ao ar neste sábado, 22 de fevereiro. Após a data, o canal segue exibindo a série em formato de reprise.
Com informações,TELA VIVA
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