SBT é multado pelo Procon por publicidade indevida




O SBT está sendo multado pela Fundação Procon-SP no valor de R$ 387.360. O motivo são as inserções comerciais direcionadas às crianças que a marca Dolly fez em um canal do Youtube criado para a personagem Juju Almeida, interpretada pela atriz Maísa Silva na nova “Carinha de Anjo” (no ar entre 2016 e 2018).

A queixa foi feita em 2017 pelo programa Criança e Consumo, do Instituo Alana, que tem como princípio zelar pela proteção à criança na TV e na Publicidade. O SBT irá recorrer da decisão.
Os perfis das personagens da novela foram criados nas redes sociais pelo SBT para ajudar a alavancar a audiência de “Carinha de Anjo”.

O problema, segundo o que fontes do Instituto Alana afirmaram ao site “F5”, da “Folha de S. Paulo”, seria a aparição proposital e repetida do mascote da marca Dolly em certos enquadramentos feitos nos vídeos.

O canal da Juju contava com mais de 1,2 milhão de inscritos e era direcionado a crianças.

Publicidade infantil: as crianças entendem que estão vendo anúncios?
Casos como esse do SBT nos fazem refletir sobre a importância de mantermos as crianças afastadas desse tipo de conteúdo comercial, a fim de que não se tornem pessoas exageradamente consumistas.
Porém, qual é o entendimento de crianças em relação ao volume de conteúdos publicitários a que são expostas na televisão, internet, na rua e nos espaços públicos?

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, e Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Juventude e Mídia, em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), investigou a compreensão da criança sobre a publicidade.

Participaram do estudo 81 crianças de nove a 11 anos, das cidades de São Paulo, Fortaleza, Brasília, Rio Branco e Porto Alegre. De acordo com os resultados da pesquisa, embora haja uma avaliação negativa das crianças em relação aos excessos de publicidade, principalmente quando elas interrompem seus momentos de lazer, muitas vezes, elas não conseguem identificar a mensagem como publicitária.

“O que se tem visto são discursos informativos para promover a compra de determinado produto, fazendo que ocorra uma associação dessas informações aos valores emocionais”, relata a pesquisa.
A pesquisa aponta a internet com o principal ambiente para veicular novos formatos de publicidade dirigida à criança e explorar formas de interação e compartilhamento de experiências com os consumidores, muitas vezes, com anúncios disfarçados nos conteúdos de entretenimento.

Prova disso é que muitas das crianças entrevistadas não conseguiram identificar a existência de publicidade em sites de jogos, no Facebook, no Instagram, no Whatsapp e em mensagens de texto nos celulares.

Com informações,Bastidores da Tv

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