(Reprodução/Globo) |
O ex-repórter Márcio Canuto, que deixou o Gurpo Globo, no ano passado, concedeu entrevista ao UOL Esporte, na qual comentou sobre seu início no jornalismo, além de ter revelado que foi ameaçado por torcedores.
Depois de uma tempo visitando a sede da Federação Alagoana de Futebol (FAF), ele disse ter recebido uma credencial das mãos de uma funcionária para ver os jogos no gramado. "Fui estrear a permanente (credencial), chego no estádio e encontro um cidadão na portaria: 'Tu é jornalista mesmo? Com 16 anos?'. Eu falei que era só para entrar, mas me senti muito mal e me veio uma ideia na cabeça. Eu saí, fui na mercearia da esquina, comprei um lápis e um papel e voltei para o campo. Anotei as escalações, os gols, os detalhes todinhos e na segunda-feira montei um texto, uma reportagem sobre aquele jogo, para o jornal da arquidiocese. O padre gostou", contou o jornalista.
Canuto então começou a relatar e escrever sobre as partidas que assistia. Não demorou para que ele fosse reconhecido por jornais maiores na cidade. Antes recebendo apenas a passagem do ônibus para cobrir as partidas de futebol, Canuto foi chamado por um grande jornal da região e logo se tornou editor. "Depois fui para o Jornal de Alagoas, ainda maior, e comecei a ganhar prêmios. Com isso fui chamado para trabalhar em rádio", contou Marcio Canuto.
Sem medo de fazer perguntas, Marcio chegou a ser ameaçado por torcedores do CRB. Sobre o caso, ele lembrou com emoção do momento, onde teve a ajuda do pai. Canuto se emociona quando lembra do momento com o senhor Luiz Canuto. "Foi um impacto tão grande na época que eu cheguei a ser ameaçado nos clubes. Estavam acostumados com quem pajeava, mas eu não ia puxar o saco. Eu era profissional. Uma vez o CRB me proibiu de entrar no estádio por causa de uma matéria, a torcida descobriu e mandou recado: 'não vem, senão vai apanhar'. Eu fiquei naquela dúvida, mas tinha que trabalhar", disse ele.
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