Confira quais pontos foram debatidos na reunião entre Globo e clubes das Séries A e B do Brasileirão

(Reprodução)


Globo e clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro estiveram reunidos nesta sexta-feira (20), em São Paulo. De acordo publicadas pelo blog do Rodrigo Mattos, no UOL Esporte, na palestra de executivos da emissora, houve questionamentos de dirigentes sobre as datas de pagamentos e uma fatia menor do pay-per-view do que a prevista inicialmente.

A Globo entendeu que a reunião serviria para ouvir reclamações dos clubes para, se necessário, fazer ajustes no modelo de distribuição do dinheiro do PPV. O ambiente foi pacífico, mas os dirigentes indicaram pontos incômodos.

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, questionou por que só tinha recebido o primeiro pagamento de PPV no meio do ano. Há outros clubes incomodados com o cronograma de pagamentos que gerou déficits e atrasos de salários no primeiro semestre. E há perguntas sobre por que só seriam pagos 7 meses de PPV em vez de nove meses neste ano.

O chefe do setor de esportes da Globo, Roberto Marinho Neto, respondeu que a emissora não era banco, e não retinha dinheiro. E foi colocado por executivos da empresa que serão pagos nove meses de PPV, mas alguns meses serão quitados no início do próximo ano. Ficou de se discutir se deveria haver ajustes para o futuro.

A Globo ressaltou a nova plataforma de venda de ppv direta por meio da internet (OTT), sem operadora de TV Fechada. O representante do Palmeiras questionou o fato de, pelo contrato, esse PPV ter uma receita menor do que a comercializada pelas operadoras.

Pelo acordo, no pacote vendido pela NET e Sky, os clubes ficam com 38% do total. No pacote vendido diretamente pela Globo, as agremiações ficam com apenas 50% da receita líquida, o que dá 25% do total. Ou seja, haveria queda considerável de arrecadação para os clubes se houvesse a migração de assinantes de uma plataforma para outra.

Executivos da Globo ficaram de estudar essa questão e responder aos clubes sobre a situação. Por enquanto, isso não tem impacto grande porque são poucos assinantes na venda direta (OTT). Mas, se isso aumentar, os clubes sentiriam o efeito.

Outra discussão levantada por clubes que estão na Série B ou ameaçados de rebaixamento foi sobre o fim da salvaguarda quando há a queda, ou seja, quem cai tem que receber a cota de Série B. Mais um questionamento foi que os quatro últimos colocados da tabela não recebem cotas por posição. Por enquanto, não há previsão de mudanças nestes pontos.


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