Nova colaboradora da RICTV Record, economista ensina em quadro na TV a investir e a poupar




Francine Mendes, do canal “Mary Poupe”, está todas as segundas-feiras no “Balanço Geral”, jornalístico da emissora
A economista, empresária e consultora financeira Francine Mendes, de 34 anos, é natural de Criciúma, mas há 25 anos mora em Florianópolis. Casada, mãe de Lara, 9 anos, e de Luca, 7 anos, tem uma aparência tranquila e serena. Entretanto, ao começar a contar a sua história, percebe-se que a vida nem sempre foi um mar de rosas para ela, e que sim, com toda a sua inteligência, beleza e sucesso, a disciplina e a ousadia foram parceiras de sua trajetória assim como da de muitas mulheres ao nosso redor.Em 2007, para a surpresa de sua mãe, a jovem decidiu cursar economia na UFSC, a primeira pessoa da família que se encaminhou para essa área.
Francine conta que sempre quis trabalhar no ramo de planejamento financeiro: “Queria quebrar esse paradigma, já que culturalmente as mulheres não foram ensinadas a lidar com o dinheiro. Enquanto os meninos desde cedo são estimulados a desenvolver habilidades no universo das ciências exatas, as meninas se voltam para as ciências humanas, e não por acaso a minha turma era predominantemente de homens”, pontua a economista. E questiona: “Quem disse que dinheiro é só coisa de homem?”
Segundo a empresária, que toda a segunda-feira dá dicas financeiras no “Balanço Geral”, da RICTV Record, é muito comum que a mulher se coloque em uma posição de receio, apresentando medo de perder dinheiro. “As mulheres, acima de tudo, precisam perder o medo de ganhar dinheiro e de saber que só terão liberdade nas suas escolhas por meio de sua independência financeira”, reforça.
Antes mesmo de especializar-se em 2005, a consultora financeira criou a Ella Invest junto com um grupo de mulheres profissionais liberais e servidoras públicas que se encontravam uma vez por mês para conversar sobre os investimentos na bolsa de valores.
Francine conta que acorda todo dia às 5h da manhã e que a sua primeira atividade é ler os principais jornais do país, bem como o Valor Econômico para analisar os melhores investimentos na atualidade. Mas o aprendizado não para por aí. No início deste ano, ela se tornou mestre em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy, de Buenos Aires.
No curso, um dos estudos abordou que a maioria dos funcionários públicos, em função da sua estabilidade financeira, são mais propensos à depressão e à ansiedade do que outros profissionais, ou seja, não adianta ter um bom salário se não se tem um propósito maior na vida“.
Conheço casos, por exemplo, de mulheres extremamente bem-sucedidas profissionalmente, mas que estão endividadas, e outras com trabalhos menos qualificados e com uma menor renda, mas que conseguem ter um maior equilíbrio nas suas contas e guardar mais dinheiro do que essas profissionais com a carreira consolidada”.

Exigência maior às mulheres

Outro tema que precisa ser destacado é que as mulheres são extremamente cobradas pela sociedade. Não por acaso existem muitos casos de depressão pós-parto, e quando Francine deu à luz não foi diferente. “Apesar de a gravidez ter sido planejada, inclusive com uma reserva financeira para poder dar uma pausa no trabalho e cuidar de meus filhos, mesmo assim tive uma forte crise depressiva, sentia uma culpa enorme e me cobrava muito por estar fora do mercado”, afirma ela, que buscou o auxílio de profissionais da saúde para conseguir superar esse período difícil.
Os sintomas da depressão manifestaram-se de forma tão grave que Francine foi convidada a tornar-se a matéria de capa da revista “IstoÉ”. “Nessa época, morávamos no Rio de Janeiro, e senti que era o meu dever contar a minha experiência com a depressão para outras mulheres, porque precisamos ser menos críticas uma com as outras, e sim compartilhar as nossas histórias para crescermos juntas”.
A empresária explica que, durante a carreira da mulher, além de ela normalmente ganhar menos do que os homens, faz mais pausas durante a sua jornada de trabalho, mas que essa pausa para viver a maternidade é de extrema importância, já que a atenção dada nessa primeira fase da criança a tornará um adulto emocionalmente estável e confiante. “As mulheres precisam se cobrar menos, precisam aprender a não levar tão a sério a opinião dos outros e necessitam refletir que, mais do que parar a sua carreira para criar seus filhos, elas estão criando cidadãos responsáveis e atuantes na sociedade”, afirma.
Para retornar ao mercado de trabalho na infância dos filhos e não ocupar toda a sua agenda, Francine decidiu investir em uma franquia do mercado da moda: “As vantagens de adquirir uma franquia são muitas porque todo o material já vem pronto, eu precisava apenas fazer duas viagens ao ano para escolher as roupas da nova coleção e depois treinar o pessoal”, comenta.


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