Ventos de 140 km/h. Árvores e casas reduzidas a escombros. Água até se perder de vista em locais ocupados, até pouco tempo antes, por terra firme. O cenário de destruição,
resultado do pior ciclone dos últimos dez anos, é o responsável pelo atual retrato de Moçambique, na África. Para acompanhar os desdobramentos do impiedoso Idai, que atingiu a região em março deste ano, e mostrar a rotina de uma população que ainda busca forças
e recursos para se recompor, Caco Barcellos e o time de jornalistas do ‘Profissão Repórter’ aterrissam no continente africano. Na estreia da nova temporada da atração, nesta quarta-feira, dia 17, e a partir dela, o público segue sendo apresentado aos bastidores
da reportagem através do percurso de trabalho, com as conquistas e os obstáculos enfrentados no processo, daquele que apura a notícia: o repórter.
Em Beira, segunda maior cidade moçambicana, o número de mortos já passa de 600, e ainda pode aumentar. Cerca de quatro mil pessoas estão sofrendo com a cólera, consequência
do contato com água contaminada. Caco e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula registram os enterros em sequência de pessoas que morreram vítimas da doença. Para além do momento do adeus das famílias envolvidas, a dupla mostra o panorama de desesperança
que se apossa do local dia após dia: faltam abrigos, roupas, água limpa e comida. Na tentativa de sair da situação, os sobreviventes do ciclone se agridem na disputa por doações distribuídas.
Enquanto isso, os repórteres Erik Von Poser e Mayara Teixeira expõem outros dois problemas que assolaram muitos dos sobreviventes do desastre: a divisão de famílias
e os percalços para salvar as pessoas. Eles contam a história dos moçambicanos Rosa Simões e Jacob Matombuzama. Casada com um pescador, Rosa conseguiu salvar seus três filhos do ciclone, mas ainda hoje, não sabe se o marido, que estava em alto mar, encontra-se
vivo. Já Jacob, para salvar a vida dos filhos durante a enchente gerada pelo Idai, precisou passar três dias pendurado com eles em uma árvore.
O programa ainda acompanha os esforços de missionários brasileiros que se mobilizam para ajudar a população de Moçambique. É o caso da gaúcha Jordana do Amaral, que
faz um alerta para a necessidade da continuidade de envio das doações internacionais já que, nos próximos meses, por conta das plantações perdidas, o povo não terá renda nem comida.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar às quartas-feiras, depois do ‘Futebol 2019’.
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