A operadora norte-americana AT&T, atual controladora da SKY, não está disposta a se desfazer da operadora de TV por assinatura via satélite brasileira. Enquanto aguarda um posicionamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional do Cinema (Ancine) sobre o processo de aquisição da Time Warner (atualmente chamada de WarnerMedia), o vice-presidente sênior da companhia, Michael Hartman, adiantou que "se a decisão for que a AT&T não pode ser dona dessas empresas e ao mesmo tempo da Sky, uma das alternativas seria deixar de vender os conteúdos em TV Paga e só fazer transmissões de streaming online".
Os canais de televisão fechada que podem ser desativados pela AT&T no Brasil são os que fazem parte da Turner Broadcasting Company, como as dez numerações da rede HBO, TNT, Space, Cartoon Network, entre outros. Como revela Hartman, já é forte a ideia dentro da companhia que o conteúdo dessas emissoras sejam transmitidos apenas via internet para o Brasil, por meio de plataformas de streaming.
Os canais Esporte Interativo já tiveram as operações encerradas para evitar maiores problemas com a Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC). Essa regra impede que um mesmo grupo de comunicação produza conteúdos e também transmita essas produções. Foi por causa dessa legislação que o Grupo Globo precisou se desfazer da participação que detinha na NET e na própria SKY para manter as operações da programadora Globosat. A estratégia da AT&T é argumentar que a empresa já encerrou os canais que mantinham sede no Brasil e agora só retransmite conteúdo gerado nos Estados Unidos.
Em entrevista reproduzida pelo jornal Folha de S.Paulo, Hartman faz ainda duras críticas ao Brasil e diz que aAT&T aguarda uma solução dos órgãos reguladores do país - prevista para acontecer no segundo semestre de 2019 - enquanto o mercado global de conteúdos se movimenta em ritmo acelerado. O executivo diz que o excesso de exigências do país acaba afastando investimentos não só da AT&T, mas de outras gigantes internacionais: "isso manda um sinal para todas no setor", alerta.
Para Hartman, as pesadas regras acabam se tornando um risco para a competição e limita as opções de serviços oferecidas ao consumidor brasileiro. "É uma pena que no Brasil o discurso não vá para isso, para o interesse do consumidor [...] e sim para uma análise ultrapassada e desnecessária de aplicação de uma lei fundamentada num conceito de mercado que já não existe", lamenta.
Apesar da opinião contrária, o vice-presidente sênior da empresa conta que não existe a menor pretensão de abandonar o mercado brasileiro. Perguntado pelo repórter Nelson de Sá sobre se a AT&T pode chegar ao limite de decidir sair do Brasil por causa da burocracia, o executivo disse que a gigante dos EUA "só vai desistir do mercado se for forçada a fazê-lo".
Não só a própria sky, mas todas as operadoras de Tvs por assinatura perderão muitos clientes...mais do que já perdem...
ResponderExcluirSe tirar os canais da Turner acaba tv fechada quem vai querer paga só pra ter canais globo bosta ... Não fico sem HBO e aposto que tem muita gente aqui no Brasil que não fica sem também !!!
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