(Fernando Torres/CBF) |
É possível que a CBF tenha que investir um pouco mais do que o previsto para que o VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês)seja usado em todos os 380 jogos do Campeonato Brasileiro Série A em 2019. Como Palmeiras e Athletico Paranaense ainda não fecharam com a Globo os direitos de transmissão em TV aberta e pay-per-view, 52 partidas do certame estão no "escuro", ou seja, sem previsão de passar ao vivo em qualquer plataforma. Isso pode obrigar a CBF a ter que bancar equipamentos e operadores se quiser ter o árbitro de vídeo funcionando nesses confrontos.
Pelo protocolo do VAR, as imagens usadas na cabine de controle e na beira do gramado para avaliar os lances são as mesmas das transmissões oficiais. Se um jogo, por exemplo, tem 11 câmeras das TVs operando, todas essas imagens devem ser disponibilizadas para a equipe de arbitragem. O problema é que se ocorrerem partidas na Série A sem transmissão ao vivo as emissoras não montarão as estruturas com várias câmeras e operadores, o que inviabilizaria o uso do VAR — são necessárias, no mínimo, oito câmeras para o árbitro de vídeo funcionar em uma partida de futebol. As TVs levariam apenas equipamentos básicos para registrar os melhores lances da partida, que poderiam passar em VT em programas esportivos, como padrão dos anos 1980 e 1990 antes da era do pay-per-view.
"Estamos nos preparando para ter o VAR nas 380 partidas da Série A", disse Sérgio Corrêa, responsável pelo VAR na CBF. A questão, porém, é que a situação ultrapassa o alcance da comissão de arbitragem da CBF. A cúpula da confederação brasileira, no entanto, avalia que Palmeiras e Athletico fecharão com a Globo até 28 de abril, quando o campeonato começa, o que evitaria qualquer problema.
Com informações do UOL Esporte (Marcel Rizzo)
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