A reportagem apurou que a investida tem o dedo de Antônio Guerreiro, novo vice-presidente de jornalismo da emissora e que substitui Douglas Tavolaro que, recentemente trocou a RecordTV para assumir a função de CEO da CNN Brasil que está em vias de entrar no Brasil.
Guerreiro quer dar um chacoalhão no jornalismo do canal de Edir Macedo e já começou a se mexer. Além de autorizar a contratação de repórteres ele quer tratar pessoalmente da contratação de Roberto Cabrini. Nos bastidores da cúpula da RecordTV, o chefão de jornalismo vem tratando a negociação como a primeira grande de sua gestão.
“O Guerreiro quer o Cabrini como a grande grife do novo momento do jornalismo”, afirmou uma fonte que esteve na reunião que definiu pela tentativa de contratação. Para ela, Guerreiro acredita que Cabrini reúne a credibilidade e prestígio somados a furos de reportagem que a emissora necessita neste momento de transição.
E O Canal apurou ainda que o contrato que será oferecido ao jornalista que atualmente apresenta o Conexão Repórter do SBT prevê um dos maiores salários da emissora e pode ser uma guinada para Cabrini. A intenção é dar a ele a direção geral e a apresentação do Domingo Espetacular. Ele seria o substituto de Paulo Henrique Amorim que dificilmente deve continuar no canal.
“O Cabrini tem uma relação muito boa no SBT, por isso a ideia é oferecer a ele a direção do programa, além da apresentação. Ele seria responsável pela reformulação do Domingo Espetacular”, comentou a fonte que acredita ser possível convencer o jornalista a voltar para a emissora da Barra Funda.
Além disso, o contrato vai prever ainda que Cabrini tenha um programa de entrevistas. Ainda não está claro se este programa será na própria RecordTV ou no canal de notícias que o grupo Record pretende criar para a TV fechada e que vai bater de frente com a CNN Brasil.
A gestão de Antônio Guerreiro acabou de vez com o acordo de cavalheiros que existia entre as duas emissoras e que impedia o assédio a contratados. Silvio Santos e Edir Macedo haviam fechado um acordo que garantia que nenhum dos dois tentaria contratar funcionários da rival que tivessem contrato em vigor.
Nos bastidores da televisão todos consideram improvável que o ex-dono do Baú assista com parcimônia a investida da RecordTV que já retirou dele quatro repórteres e que pode tirar ainda o maior nome do jornalismo da emissora da Anhanguera. Ao que parece, a guerra começou.
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