Ministro diz que EBC não será extinta, mas terá 'revisão de eficiência',


A EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), empresa pública federal responsável pela Agência Brasil, a TV Brasil e a Rádio Nacional, não será extinta, mas vai "passar por uma racionalização", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, em entrevista à Globo News na noite de quarta-feira (9).

"Nesse momento, eu não tenho essa ideia [de acabar com a EBC]. Recentemente, ela tinha mais de 2 mil pessoas, então ainda tem espaço para fazer enxugamento", afirmou o ministro. 

A afirmação vai de encontro a uma das promessas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que prometeu durante sua campanha em entrevista à Record extinguir a TV Brasil, chamando-a jocosamente de "TV do Lula".

Em novembro de 2018, a EBC tinha 2.282 funcionários, quando aconteceu uma segunda rodada de adesões a um PDV (Plano de Demissão Voluntária), em um momento em que o então recém-eleito Jair Bolsonaro (PSL) ameaçava extinguir estruturas da empresa. A primeira rodada aconteceu em dezembro de 2017.

Questionado sobre como será o relacionamento do governo com a grande imprensa, Santos Cruz afirmou que é de "abertura total, porta aberta", reafirmando posicionamento de entrevistas anteriores. 
Relação com movimentos sociais e grilagem

O ministro afirmou que "a porta está aberta para os movimentos sociais" e que as ocupações como o MST e o MTST fazem serão consideradas crime. "Ocupar uma fazenda ou uma propriedade qualquer é crime. Quem é que tem o direito de classificar como área improdutiva? É simples, não tem consideração ideológica", respondeu.

Ele ainda criticou os movimentos sociais e sua suposta relação com o PT. "Tem gente que é manipulada. O governo que teve o apoio desses movimentos ficou 14 anos no poder e eles continuam na estrada. (...) Ninguém tem o direito de manter uma pessoa necessitada para manter como massa de manobra".

Diante das respostas, Santos Cruz foi questionado se o governo Bolsonaro também irá punir os grileiros. "Se fizer alguma infração, será punido. O problema nosso é relativizar a lei. Quem fizer alguma coisa errada tem que ser acionado de acordo com a lei", afirmou.

UOL

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