O empresário Rubens Menin, fundador e presidente do conselho da construtora MRV, vai trazer para o Brasil a operação do canal de notícias CNN. A empresa Novos Mídia, de capital brasileiro, terá Douglas Tavolaro, ex-Rede Record, como presidente. O grupo nacional, que terá o licenciamento da marca americana no País, terá um canal de notícias 24 horas a ser transmitido por meio de TV por assinatura e por plataformas digitais.
O objetivo da companhia é que o novo projeto esteja em operação no início do segundo semestre de 2019. O trabalho de preparação do canal e do site começa imediatamente, com previsão de contratação de 400 jornalistas. A CNN Brasil terá sede em São Paulo, com escritórios previstos também para Rio de Janeiro e Brasília. Menin anunciou o projeto em sua conta na rede social Twitter.
Em entrevista ao Estado nesta segunda-feira, 14, Menin afirmou que o projeto nasce em um momento importante para a consolidação da democracia do Brasil. "Acho que a CNN é uma marca séria, com credibilidade e idônea", disse ele. A maturação do projeto, que culminou com o anúncio da parcerica para o licenciamento da marca, durou cerca de um ano, de acordo com o empresário.
"Embora o setor de mídia esteja passando por dificuldades, acreditamos que o projeto irá dar certo", frisou Menin. Ele lembrou ainda que o conteúdo a ser gerado pela 'CNN Brasil' também poderá ser uma forma de mostrar o Brasil lá fora." O empresário, que também é fundador do Banco Inter e da Log Commercial Properties, não revelou o valor a ser investido no novo canal.
Em comunicado, a CNN Brasil anunciou que os projetos CNN International e CNN en Español, que são de responsabilidade da matriz, continuam a ser restransmitidos no País e que não terão relação com o projeto em português. "O Brasil é um país empolgante para continuar a expansão da marca CNN", disse, no comunicado, o vice-presidente de vendas de conteúdos da CNN International Commercial (CNNIC), Greg Beitchman.
"A CNN é um ícone global, e a parceria com essa marca é um sonho de um jornalista se tornando realidade", disse Tavolaro. A companhia, que pertence ao grupo Turner, chegou a ter um serviço próprio em português no Brasil, nos anos 2000, mas o projeto não prosperou.
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