Telecine Play passa a ser oferecido de forma independente das operadoras de TV




Por:Fernando Lauterjung
O Telecine Play será oferecido de forma independente das operadoras de TV  "em poucos dias, menos de uma semana", disse o diretor geral da Globoplay, João Mesquita, durante o NexTV Series, que acontece nestas quarta e quinta em São Paulo.
A este noticiário, Mesquita explicou que a oferta usará uma nova plataforma de billing que passa a operar no final desta semana e atenderá todos os produtos de vídeo digital do grupo, incluindo Globoplay e Premiere – que hoje usam uma plataforma que, segundo ele, não atende todas as necessidades do grupo.
"Teremos a chance de trabalhar conjuntamente os nossos produtos (com a nova plataforma de billing). Os próprios canais Globosat também passarão a ser oferecidos em algum momento", disse durante o evento. Segundo o executivo, ainda não há data para outros lançamentos.
Mesquita conta que o plano é ser "um porto seguro" para outros produtos e conteúdos, inclusive de parceiros. "Estrategicamente, quanto mais parceiros quiserem trabalhar conosco, melhor. Com certeza teremos novos produtos (de outros parceiros) em nosso marketplace", disse.
Disrupção
Segundo o diretor geral do Globoplay, a ideia não criar uma disputa com o serviço de TV por assinatura tradicional. "Nada do que estamos fazendo é uma tentativa de criar uma disrupção. A disrupção já chegou há muito tempo. Tenho certeza de que nenhum produto vai tirar um assinante da TV por assinatura", disse.
Mesquita abordou anda o modelo de negócios. Ele lembra que o DNA do grupo é a publicidade. "É natural olhar para o Globoplay procurando uma forma de rentabilizar com publicidade", disse. Ainda assim, o assinante do serviço pago não vê publicidade.
"O Globoplay em particular tem 20 milhões de pessoas que o consumem, entre grátis e pago. Há um mundo gigante de pessoas que consomem o grátis, muito mais que o pago, e acredito que se mantenha assim", disse. Portanto, o modelo remunerado por publicidade é fundamental.
A grande dificuldade hoje é explicar para "o público médio" a diferença entre o serviço grátis, com publicidade, e o pago, sem publicidade, com o conteúdos que exclusivos. "A conversão em assinatura do conteúdo original da Globo é menor do que o internacional licenciado. O espectador imagina que (o conteúdo da Globo) logo estará disponível na TV aberta. Temos que tomar cuidado, portanto, com o que é exclusivo e o que não é", diz.


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