Por nota, Grupo Globo defende novo calendário para o futebol brasileiro





A Globo manifestou desejo de reformular os campeonatos estaduais para um modelo mais atrativo e defendeu que o calendário nacional seja repensado em breve. As informações foram publicadas pelo UOL Esporte, por Leandro Carneiro e Thiago Rocha.

A nota, assinada por Fernando Manuel, diretor de direitos esportivos do Grupo Globo, não comenta as recentes declarações de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético/PR, de que a Globo deixaria de comprar os direitos de transmissão dos estaduais a partir de 2020, mas aponta para mudanças no futebol brasileiro que o torne mais viável comercialmente.

"De fato, tenho defendido que o futebol brasileiro repense o calendário, joga-se demais e com pouca orientação comercial na alocação de datas. Isso nos envolve, pois temos visão e objetivos comerciais, parceria com os clubes na venda do Premiere, e calendário é peça fundamental disso", defendeu Manuel.



Ainda segundo o UOL Esporte, estaduais como Mineiro e Gaúcho têm acordo fechado com a Globo até 2021. O mesmo acontece com o Paulistão. No Rio de Janeiro, Globo e Ferj têm contrato até 2024. Já o acordo com o Flamengo, que fez negociação individual com a emissora, termina em 2019.

Pela nota, a Globo não se posiciona de forma contrária à existência dos torneios regionais. "Se os estaduais devem acabar no futuro? Não me cabe responder, mas sim ao ecossistema do futebol como um todo. Antes de um grande produto de mídia, eventos devem ser grandes produtos esportivos", prosseguiu o executivo da Globo.

"Em qualquer cenário, vejo pontos relevantes nos estaduais como a grande rivalidade, finais eletrizantes. Mas, olhando estrategicamente, tenho provocado reflexão sobre redimensionamento e reposicionamento dos estaduais. O fato de 1/3 do ano estar dedicado apenas a eventos regionais (se considerar torneios regulares, não o mata-mata que é incerto por natureza), traz efeitos colaterais, desde um inevitável distanciamento de receitas entre clubes por causa do seu estado de origem e perda de atenção plena do torcedor brasileiro no nosso futebol como um todo pois durante os estaduais cada mercado acaba ignorando o que acontece nos outros. Só quando tivermos as nossas grandes marcas competindo entre si de maneira regular a temporada toda endereçaremos para valer essas questões", finalizou Manuel.

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