A seguir, o TechTudo lista alguns fatos inusitados e curiosidades que você, provavelmente, não sabia sobre as televisões, como o aparelho gigante que custa mais do que um castelo e um promissor conceito de controle remoto usando o cérebro. Confira.
1. TVs 8K já são realidade
Os televisores de resolução 4K, que possuem imagens impressionantes, já estão virando coisa do passado. Isso porque as TVs 8K já são uma realidade em 2018: Samsung, LG e TCL anunciaram recentemente seus primeiros aparelhos capazes de reproduzir nessa resolução.
A novidade ainda é para poucos. O preço da QLED 8K da Samsung, a Q900R, está na faixa dos US$ 15 mil (cerca de R$ 56 mil, em conversão direta) nos EUA. Entretanto, ainda não há conteúdo nativo em resolução 8K para os usuários aproveitarem a telona, com exceção de alguns games mais modernos. Saindo na frente dos demais países, o Japão deve ganhar seu primeiro canal 8K em dezembro e a promessa é de que os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, sejam transmitidos inteiramente em 8K.
2. Maior TV 4K do mundo custa mais do que um castelo na Europa
Se o seu sonho de consumo é ter a maior TV 4K do mundo, prepare-se para desembolsar uma boa grana: com 370 polegadas, a Titan Zeus custa 1 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 4,9 milhões, em conversão direta). Para se ter ideia do tamanho, o aparelho possui 9,75 metros de comprimento por 4,5 metros de altura, sendo maior do que um gol de futebol.
Quem achar essas dimensões exageradas pode escolher entre outros tamanhos, de 173 a 251 polegadas. Além disso, o futuro dono da Titan Zeus também pode fazer outras personalizações, como tela curva ou revestimento de material à prova d’água para usá-la ao ar livre.
3. Maior controle remoto do mundo
Por falar em produtos com tamanhos gigantes, dois irmãos indianos inventaram o que é considerado pelo Guinness Book como o maior controle remoto do mundo. Com 4,5 metros de comprimento, o acessório é completamente funcional, mas precisa de três pessoas para carregá-lo de um lugar a outro.
A criação demorou 68 dias para ficar pronta. Um dos irmãos, Rajesh Kumar Meherm, é formado em engenharia elétrica e precisou vender uma moto para conseguir os materiais necessários para o projeto.
4. As imagens são mais “lentas” na Europa
As TVs no Brasil e nos Estados Unidos possuem taxa de atualização de 60 Hz. Isso acontece por causa do nosso padrão de tensão elétrica. Na época das TVs de tubo, a taxa de atualização precisava corresponder à frequência de transmissão elétrica, que é de 60 Hz. Por isso, nossos televisores têm como padrão a reprodução de 60 frames (imagens estáticas) por segundo.
No entanto, no resto do mundo, como Europa, Ásia e em outros países americanos, o padrão de frequência é de 50 Hz, o que faz com que seus televisores reproduzam 50 frames por segundo. Em transmissões normais, essa diferença não é perceptível a ponto de parecer que as imagens estão em câmera lenta. Essa característica só se tornou um problema quando os primeiros videogames surgiram.
Como parte dos jogos era programada nos EUA e no Japão (que usa tanto o padrão 60 Hz, como o 50 Hz), alguns games lançados na Europa sem a devida conversão ficavam até 16% mais lentos do que o normal. O primeiro Sonic do Mega Drive, por exemplo, foi um dos títulos afetados por essa diferença. Com o fim das TVs de tubo e a chegada dos televisores mais modernos, que se adaptam à taxa de atualização de acordo com o sinal recebido, esse problema praticamente não existe mais.
5. TVs poderão ser controladas pelo cérebro
Em breve, o controle remoto pode virar objeto de museu — e não será por causa das assistentes de voz, como Alexa e Google Assistente. A Samsung já vem trabalhando em pesquisas para criar um software que permita controlar a TV pelo cérebro.
A ideia, batizada de Project Pontis, é permitir que pessoas com deficiência motora possam interagir com a TV com mais liberdade. O projeto, desenvolvido em parceria com o Centro de Neuroprostética da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, ainda está em fase de experimento.
6. TVs de tubo têm imagem melhor do que as de LCD ou LED
Os antigos televisores de tubo são considerados hoje obsoletos, mas você sabia que, tecnicamente, eles chegam a ser melhores do que as TVs de LCD e LED? Isso é possível por causa da maneira como o tubo de raios catódicos funciona, reproduzindo uma imagem mais fiel, com cores mais intensas do que no LCD, além de melhor contraste e tempo de resposta imediato.
No entanto, os tubos enormes ainda perdem para as telas planas no quesito tamanho e peso, além de consumirem muito mais energia — cerca de 100 Watts contra apenas 26 Watts de uma TV LED do mesmo tamanho. O problema mais grave é que os televisores CRT contêm substâncias tóxicas, como chumbo, e se descartados de maneira incorreta podem causar danos ao meio ambiente.
Além disso, novas tecnologias de construção de painéis, como OLED e QLED — assim como os recursos de processamento de imagens, como HDR —, estão elevando a qualidade de imagem das TVs a níveis inéditos, com cores muito mais vibrantes e contraste praticamente infinito.
7. Um novo formato para a TV?
Desde que surgiram as TVs de LCD, o formato 16:9 tem reinado absoluto no mercado. Não é para menos: ele foi escolhido justamente por se ajustar bem tanto para conteúdos em 4:3, como para filmes em widescreen, cuja proporção varia de acordo com o estúdio e com o diretor. No entanto, o formato 2:1, também conhecido como Univisium, vem ganhando projeção recentemente. Ele foi proposto em 1998 pelo diretor de fotografia Vittorio Storaro para ser um padrão no cinema e em outras produções audiovisuais.
Duas décadas depois, séries como House of Cards, 13 Reasons Why e The Handmaid’s Tale adotaram o Univisium como padrão. E os smartphones também estão entrando na onda, como o Samsung Galaxy S8, LG G6, Xiaomi Redmi 5 e os novos iPhones X, XR e XS — esses últimos usam um formato muito próximo (19,5:9).
Ainda é cedo para apontar que essa mudança chegará às TVs, já que a transição para o 16:9 é consideravelmente recente. Mas não será surpresa se, em breve, novos produtos vierem com o formato 2:1.
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