Crise:Turner assume que encerrou Esporte Interativo por dinheiro

(Reprodução)


A Turner admitiu o motivo do encerramento dos canais Esporte Interativo, anunciado em agosto: o alto custo e o caixa negativo. "É difícil a conta fechar num canal de esportes porque os direitos de transmissão que levam o canal para cima são muito caros. Posso ter o campeonato de judô, que vai me dar 0,1 ponto de audiência, e nem quem patrocina a modalidade vai justificar o patrocínio. Você entra num modelo de negócio complicado", explica Antonio Barreto, gerente geral do grupo no Brasil. A afirmação foi feita ao Notícias da TV, por Gabriel Perline.

Apesar de possuir grandes eventos de futebol, como a Liga dos Campeões, a programação do EI abrangia outras modalidades que demandavam um alto custo operacional e acabavam deixando o caixa no vermelho. "Se eu faço uma reprise de um jogo de futebol, tenho dez vezes mais audiência que uma final do judô. Mas faz sentido o canal ficar reprisando partida se você tem plataformas digitais que oferecem isso para quem quer assistir? A receita de televisão, especialmente para a TV por assinatura, ficou mais difícil porque existe uma grande concorrência por grandes direitos. E as audiências da TV paga são muito dispersas", justificou.

Segundo ele, o esforço de montar um canal com várias modalidades acabava, às vezes, tirando a atenção dos principais produtos da grade. "Você está tentando criar audiência para eventos que têm audiência fiel, mas muito pequena. Basquete, judô, handebol, a gente já fez tudo. É uma estrutura cara, complexa, que exige uma remuneração, e não conseguimos traduzir o desejo dessa audiência em grana para tocar o canal", afirma.

"Estávamos fazendo um esforço muito grande para criar canais de televisão de esportes, com grade 24 horas, e perdendo o foco do que era importante, que é o conteúdo", completou.




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