Por:Fernando Lauterjung
Para a Globosat, oferecer sinal regional ao mercado publicitário é estratégico. Segundo o diretor de publicidade regional da programadora, Eduardo Salvador (na foto acima), desde a chegada Lei do SeAC, quando todas as programadoras passaram a ter conteúdo brasileiro, o sinal regional passou a ser um importante diferencial da Globosat no mercado.
Contam com sinais regionais os canais GNT, SporTV, Multishow, Viva, Universal TV e GloboNews, em 17 praças, através de uma parceria com a Net. Além de Belém e Manaus, que passaram a contar com sinais locais neste mês de outubro, estão no grupo: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos (SP), São Paulo, Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Salvador, Recife e Fortaleza. "Com Belém e Manaus, passamos a ter sinal em todas as regiões", diz Salvador. Segundo ele, as praças já contavam com representantes locais, mas não o sinal diferenciado. "Já havia clientes. Agora vamos ter mais atividade. Nossos representantes só visitavam clientes que poderiam anunciar nacionalmente, agora a carteira é mais ampla", explica.
A publicidade local para o público local não justificaria manter sinais regionais. "Sempre tivemos um olhar que alia o volume de assinantes de uma região e a capacidade do mercado local de gerar negócios à atratividade para anunciantes spot (que tenham atuação em mais de uma praça), ou anunciante nacional que tenha ofertas locais", explica o diretor de publicidade regional. Ao mesmo tempo, a praça precisa ter mercado anunciante com razoável atuação nacional.
O perfil dos anunciantes que usam os sinais regionais são: anunciantes locais, como shopping centers; aqueles que anunciam em mais de uma praça, como construtoras e incorporadoras imobiliárias e concessionárias de veículos; e grandes anunciantes nacionais com ofertas regionais, como operadoras de telecom.
Entre os anunciantes locais, há os que cresceram e passaram a anunciar em mais regiões ou mesmo nacionalmente, como a rede lojas de departamento catarinense Havan.
Parceria
"Tem um espaço como mídia segmentada importante nos mercados. Algumas localidades não têm classe média, sobretudo no Nordeste. Na pay-TV, a classe AB está bem coberta", diz Salvador.
Para ele, não faz sentido, pelo menos no curto prazo, ampliar o acordo mantido com a Net para outras operadoras. O custo para manter sinais regionais não se justificaria em operadores de cabo com menor base. Já o DTH tem limitações no line-up, tendo dificuldade em abrir espaço para tantos canais. "Se, em alguns anos, o mercado crescer bastante, talvez passe a fazer sentido", diz o executivo.
Equipe
A área de publicidade regional da Globosat é comandada do Rio de Janeiro. Há ainda um escritório em Brasília, uma vez que as agências que atendem o Governo Federal precisam ter presença na capital. Os dois escritórios dão suporte aos representantes nos estados e cidades.
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