Simba oferece 1º canal pago, mas quer cobrar mais de operadoras de TV


Pouco mais de um ano após disputar queda de braço com as operadoras de TV por assinatura (e vencer), a Simba Content ofereceu finalmente sua primeira proposta de canal pago.

A Simba é uma joint-venture formada por RedeTV!, SBT e Record em 2016.

Segundo a coluna apurou, seria um canal genérico de “variedades”, com conteúdo formado pelos três canais.

No entanto, as operadoras já disseram não ter interesse pelo canal.

Por dois motivos: 1) não haveria espaço ou necessidade no momento para a abertura de um novo canal do tipo variedades; 2) a Simba quer ser remunerada pelo novo suposto canal.

Em março de 2017, as operadoras foram obrigadas pela Simba a tirar seus sinais de boa parte da TV paga no Brasil.

O motivo era a mudança da legislação em vigor, preparada para a era digital, que previa que os canais abertos deveriam ser remunerados por seus sinais na TV paga.

Até então, as operadoras distribuíam Record, SBT e RedeTV sem pagar nada por isso. No entanto, Globo e Band, que investiam havia anos na TV paga e tinham outros canais por assinatura, eram remuneradas.

A disputa e o corte de sinal durou meses, prejudicando ambas as partes.

Pouco a pouco, as operadoras acabaram cedendo e decidiram remunerar as emissoras da Simba

Segundo o site Notícias da TV noticiou à época, a Simba passou a receber cerca de R$ 0,60 mensais por cada assinante da TV por assinatura do país, embora tivesse exigido R$ 15 no início das negociações.

Parece pouco, mas isso engrossou em cerca de R$ 120 milhões anuais os faturamentos das três TVs abertas (cada uma com direito a 33,3%). Do ponto de vista corporativo, foi um belo gol da joint-venture que fez valer seus direitos.

Nem operadoras nem Simba jamais revelaram os valores “oficiais”.

Com a oferta de um novo canal de “variedades”, a Simba também quer que as operadoras paguem um valor extra por esse conteúdo.

Não estão erradas. Afinal, a legislação prevê pagamento por conteúdo de forma geral. Novo conteúdo, nova remuneração.

As operadoras, porém, disseram "não, obrigado".

UOL

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