2018 está cruel para a emissora. O fracasso do Brasil na Copa foi terrível para os patrocinadores. Agora, o adeus dos corintianos e flamenguistas
O Flamengo não estava classificado.
2014, o Corinthians não alcança vaga para a competição.
O Flamengo é eliminado na fase de grupos.
2015, Corinthians cai nas oitavas.
Diante do Guarani paraguaio.
Flamengo nem se classifica.
2016, Flamengo outra vez fora.
Corinthians desclassificado nas oitavas.
Pelo Nacional do Uruguai.
2017.
Flamengo fora na fase de grupos.
Corinthians não se classifica.
2018.
Corinthians eliminado pelo Colo Colo.
Flamengo também cai nas oitavas.
Para o Cruzeiro.
Há seis anos, a mesma história.
Para desgraça da tevê Globo, os clubes mais populares do país e que têm maior intimidade com a dona do monopólio do futebol no Brasil, caem. Fracassam. Não vão além das oitavas na Libertadores.
O que é terrível para patrocinadores.
Para a audiência.
A ligação é umbilical. Desde que o demitido diretor de Esportes Marcelo Campos Pinto, costurou a implosão do Clube dos 13, com Andrés Sanchez e com Kléber Leite, Corinthians e Flamengo passaram a ter privilégios. Mais dinheiro e maior número de jogos exibidos, para agradarem seus patrocinadores. E revolta dos rivais.
Não foi por acaso que Galvão Bueno estava ontem no Itaquerão narrando Corintians e Colo Colo. O clube paulista era a esperança de pontos no Ibope, já que havia a certeza que o Flamengo não reverteria a desvantagem de 2 a 0 para o Cruzeiro.
O principal narrador da Globo torceu e gritou como um profissional do Esporte Interativo. Seu desespero diante da incompetência do Corinthians em tirar o limitado Colo Colo e seguir na Libertadores era de dar pena.
Aos 68 anos, sua voz não alcança mais os graves que precisa nos gols. Mas ele se esgoelou, suou. Fez o que pôde para tentar carregar o Corinthians para as quartas da Libertadores.
Depois do fracasso consumado, descontou seu ódio em Andrés Sanchez, que não priorizou a Libertadores, principal competição para a Globo em 2018, depois do fracasso do Brasil na Copa do Mundo.
A raiva do narrador, voz oficial da emissora, não era por acaso.
Galvão já sonhava com o melhor dos mundos.
Corinthians e Palmeiras disputando uma vaga para as semifinais do torneio.
Só que não acontecerá o duelo pelo fracasso corintiano.
O time de Felipão joga sua sorte hoje na sua arena, com a vantagem de 2 a 0, diante do Cerro.
Mas o Palmeiras não é 'queridinho' da Globo.
Nunca foi.
Tanto ficava esquecido nas transmissões, que seus conselheiros pressionaram os dirigentes para assinar contrato de cinco anos com o Esporte Interativo, de 2019 a 2024, quando não sabiam que o canal será extinto pela AT&t no dia 25 de setembro.
Grêmio, Cruzeiro são dois clubes importantes fortíssimos, mas de torcidas regionais para a Globo.
Os gritos de Galvão Bueno, em 2017, que o "Grêmio é Brasil na Libertadores", não convenceram nem o pipoqueiro da arena gremista. Para paulistas e cariocas, donos dos principais mercados da Globo, o time gaúcho não desperta atenção. Nem quando o Atlético Mineiro foi campeão, em 2013.
Diante do fracasso na Libertadores, a Globo vai apelar para a Copa do Brasil. E tentar fazer o maior estardalhaço possível na semifinal entre os amados Corinthians e Flamengo. É o que resta em termos de mercados paulistas e cariocas.
O São Paulo na liderança do Brasileiro também não é atraente.
Nos últimos dez anos, a audiência do futebol na tevê aberta já caiu 22 pontos.
Os patrocinadores estão cada vez menos interessados. Volkswagen, Coca Cola, Johnson & Johnson, Sadia, Casas Bahia, Magazine Luíza, desistiram do futebol nacional.
Em 2018, a emissora decidiu separar a Copa do restante do futebol. Banco Itaú, Brahma, BRF, Coca-Cola, Johnson & Johnson e Vivo apostaram na fracassada Seleção de Tite. Amarraram suas marcas em um time derrotado, decepcionante. Péssimo marketing. Ainda mais em tempos de crise.
Por isso, diante da eliminação diante da Bélgica, o amargo na voz de Galvão Bueno chegou perto do insuportável. A Seleção de Tite foi um desastre para o marketing de empresas que se reaproximavam do futebol da Globo.
Banco Itaú, Brahma, Chevrolet, Hypermarcas, Unilever e Vivo seguem no futebol nacional. E é por elas que Galvão transpirava de ódio com a eliminação precoce do Corinthians. Assim como mostrou sua tensão na vitória do Cruzeiro por 2 a 0 sobre o Flamengo, em pleno Maracanã, no dia 8 de agosto.
Agora é respirar fundo.
E seguir com o inimigo Palmeiras e com os regionais Cruzeiro e Grêmio na Libertadores. O insoso São Paulo no Brasileiro.
A saída está em apostar todas as fichas na semifinal do Brasileiro.
Transformar Flamengo e Corinthians em jogos épícos, inesquecíveis.
Até porque já é hora de buscar patrocinadores para 2019.
Em plena recessão.
Com o futebol brasileiro só acumulando decepções.
A saída dos queridinhos Flamengo e Corinthians foi trágica.
Golpe duro demais para a Globo.
Basta prestar atenção na voz embargada de Galvão Bueno...
R7.COM
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