A Polícia de Investigações do Chile (PDI) desbaratou um esquema de distribuição de conteúdo televisivo pirata que alcançava vários países da América Latina, inclusive o Brasil. Os equipamentos encontrados captavam o sinal de satélite e enviavam o material para os sistemas de IPTV e IKS, as “caixinhas”, que permitem o acesso a programação da TV paga sem cobrança de mensalidade.
A operação contou com ajuda da Alianza, grupo formado por representantes da indústria de TV, operadoras e programadoras. A polícia recebeu ajuda de especialistas forenses das empresas Nagra e da DirecTV, que também conduzem investigações por conta própria sobre a origem de conteúdos pirateados.
Apesar de os servidores encontrados distribuírem conteúdos que chegavam ao Brasil, a maior parte do tráfego se localizava no Chile. O resultado foi a saída do ar dos serviços piratas Megaplay e IPTV Chile. Também usavam hosts localizados nos Estados Unidos. A Alianza não informa se estes equipamentos norte-americanos também foram desligados.
Dez pessoas foram presas. A maioria, engenheiros da computação, conforme comunicado da Alianza. Além de Brasil e Chile, o grupo vendia serviços na Argentina, no Panamá e no Equador. O sinal pirata chegava a 50 mil usuários espalhados por esses países.
Importante não confundir o serviço pirata IPTV com a tecnologia IPTV. Embora tenham o mesmo nome, e dependam da internet para funcionar, o serviço pirata retransmite os canais de TV paga sem autorização das programadoras. Já a tecnologia é usada legalmente, pelas operadoras, para distribuir os canais a assinantes, principalmente em acessos por fibra óptica.
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