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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), arquivou a representação contra o Grupo Globo, movida por partidos políticos, por conta de um suposto envolvimento da emissora no caso Fifa, que está sendo julgado nos Estados Unidos. As informações foram publicadas pelo UOL Esporte, por Gabriel Vaquer.
A representação foi feita pelo PT, PDT e PSOL, em novembro do ano passado. Na acusação, os partidos usavam como base a delação feita pelo empresário argentino Alejandro Buzarco para a Justiça dos Estados Unidos. Buzarco era ex-dono da Torneos y Competencias, empresa de marketing da Argentina que negociava direitos da Copa do Mundo e de outros torneios, como Libertadores e Sul-Americana, e foi julgado nos Estados Unidos pela acusação de participar de um esquema de propina com a Conmebol e com a Fifa para ter preferências nos contratos de direitos das competições.
A representação dizia que, em seu depoimento, Buzarco afirmou que a Globo, através de seu ex-executivo Marcelo Campos Pinto, pagou propina à Fifa para ter os direitos da Copa do Mundo de 2018 e 2030. Além disso, a representação afirmava que Buzarco deu nomes, datas e relatou transferências bancárias do canal para dirigentes da Conmebol e da Fifa.
Em sua defesa, a Globo enviou um extenso documento para rebater a representação dos partidos políticos, negando pagamento de propinas, atacando pontos da acusação do PT por conterem dados equivocados e minimizando a importância da Copa e da Libertadores.
Após analisar o caso, o CADE recomendou o arquivamento da representação. A alegação foi de que a delação de Alejandro “apenas cita, sem qualquer prova adicional, a participação do ex-dirigente da Globo, senhor Marcelo Campos Pinto, em supostos pagamentos ilícitos relacionado à aquisição de direitos de exclusividade na transmissão de torneios de futebol''.
O CADE comentou que “a Globo não figurou como um dos denunciados do caso''. Por fim, o órgão disse que não houve provas de que a suposta prática de corrupção por parte da Globo gerou efeitos anticompetitivos para as emissoras de televisão que queriam adquirir os direitos dos torneios comprados pelo Grupo. A decisão não cabe mais recurso.
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