As lojas da Saara, o maior polo de lojas populares no centro do Rio de Janeiro, ainda escoam artigos que encalharam na Copa de 2014. À época, os estoques foram caprichados, porque a expectativa era de que o consumo aumentaria com a competição no Brasil. No entanto, o baixo-astral com a política, no rastro das manifestações de 2013, e os escândalos de corrupção (a Operação Lava Jato foi deflagrada em março de 2014) e o 7 a 1 na semifinal contra a Alemanha esfriaram os ânimos.
“Tradicionalmente, em toda Copa as vendas começam quando falta um mês para começar. Vinha subindo, mas na última semana a greve dos caminhoneiros atrapalhou. Agora vai crescer”, disse o presidente do Polo Saara, Eduardo Blumberg.
A região tem 900 lojas, das quais um quinto vende itens para a Copa. São camisetas, chapéus, cornetas, bolas, bandeiras do Brasil de tamanhos variados, perucas, cachecóis, adereços de cabelo.
Há consumidores que só se empolgam depois da primeira partida do Brasil, de acordo com os lojistas. Neste caso, comerciantes estimam que o amistoso deste domingo contra a Croácia já valha como um “esquenta”. Outros preveem que isso só acontecerá com a estreia do time de Tite, no dia 17, contra a Suíça – e, assim mesmo, em caso de vitória.
“Nunca vi um pré-Copa tão desanimado, não só nas lojas, mas na cidade. Você não vê uma rua pintada”, analisa Andreia Oliveira, há 14 anos trabalhando na Saara. “Depois do 7 a 1 e de tudo o que aconteceu no Brasil, ninguém está vibrando. A seleção mudou, mas o País é o mesmo”.
O estoquista Sergio Lima percebeu melhora nas vendas na última quarta-feira, após a normalização da cidade pós-greve dos caminhoneiros. “O comércio tem que torcer para o Brasil ir bem na Copa, assim vamos superar as perdas”, avalia.
ACHEI USA
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