As operadoras de telecomunicações brasileiras temem que o desabastecimento de combustível tenha impacto, ainda hoje (28) sobre os serviços. Sem gasolina para encher o tanque da frota, os técnicos não conseguem se deslocar para efetuar a manutenção preventiva das redes, solucionar falhas, ou mesmo realizar novas instalações.
A situação já deixa sem combustível estações que dependem de gerador como backup energético para funcionar em caso de queda de energia. O SindiTelebrasil, entidade que representa as operadoras nacionalmente, diz que a situação é periclitante. Em caso de uma falha massiva, que afete grande parte das redes, as empresas não terão como agir porque “estão com seus estoques de combustível praticamente zerados”.
Por isso, o sindicato quer que o setor seja colocado na lista de prioridades de abastecimento. Ontem à noite, enviou um pedido à Anatel para que as operadoras sejam atendidas conforme o Decreto de Garantia da Lei e da Ordem, assinado por Michel Temer em 25 de maio, e que autoriza as Forças Armadas desmobilizarem bloqueios de estradas e garantir o funcionamento de infraestruturas críticas.
“Se não forem tomadas medidas emergenciais, os serviços de manutenção e reparo não poderão ser realizados. Isso poderá prejudicar não só o consumidor individual, mas principalmente órgãos com atividades essenciais, como hospitais, bombeiros, segurança pública, que poderão ter serviços de telefone, SMS e internet suspensos por eventuais falhas que não possam ser corrigidas, pela impossibilidade de deslocamento das equipes”, argumenta.
O pedido feito à agência ressalta que é preciso escolta de caminhões-tanque até os reservatórios de abastecimento dos geradores usados em centrais de telecomunicações, e que são acionados em caso de falta de energia comercial.
A entidade afirma, no entanto, que não houve incidente que prejudicasse o funcionamento dos serviços até o momento.
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