A Band tem passado por uma enorme reformulação nos últimos tempos. A emissora do Morumbi enfrenta uma grave crise financeira e precisou se mexer para continuar no ar, levando programas de entretenimento para o telespectador brasileiro. Apesar de muita gente ter sido demitida, muitos profissionais também chegaram ao canal para novas atrações.
A rede optou por deixar para trás a imagem de canal do esporte e do jornalismo para diversificar o seu público, levando ao ar formatos que agradem o maior número possível de membros de uma família. Com isso, campeonatos de futebol, por exemplo, foram retirados da grade, até mesmo a tradicional Copa do Mundo não será transmitida, em 2018. E todos esses recursos foram destinados às novas atrações.
Só entre março e abril, o canal estreou o Melhor da Tarde, com Cátia Fonseca. Um programa feminino para suas tardes. O Superpoderosas, matinal também destino às mulheres. Teve ainda a estreia do Agora é com Datena, um programa dominical, com duração de seis horas. E, também, o Show do Esporte, no horário nobre dos domingos e sob comando de Milton Neves.
Porém, nenhuma dessas atrações atraiu uma grande audiência. Apesar de visivelmente ter muitos patrocinadores, não se viu um grande interesse do público, inclusive nas mídias sociais. Assim sendo, o Observatório da Televisão preparou uma Listarelembrando cinco programas que a Band apostou muito e não conseguiram se tornar populares.
DIA DIA (2009) – Apresentado por Patrícia Maldonado, Lorena Calábria e Daniel Bork a atração era um matinal com um pouco de tudo: prestação de serviço, culinária, informação. Era um projeto moderno, audacioso por ter uma grande equipe e estúdio. A Band investiu na cenografia e nos recursos visuais, porém, o programa não agradou a audiência como se esperava e foi sendo modificado para ficar mais barato. Até Silvia Poppovic foi chamada para assumir o programa, mas também não deu certo. Vale lembrar que, antes, a atração teve várias fases, inclusive sob apresentação de Viviane Romanelli.
MUITO + (2012) – Sob o comando de Adriane Galisteu, o programa tinha como objetivo acompanhar tudo o que estava rolando com as celebridades. Era um programa de fofocas para agradar o público da tarde, de segunda a sexta-feira. No entanto, desde o início, enfrentou dificuldades de audiência. Contava em seu elenco com nomes como Gominho, Rita Batista e Leo Dias. Internamente, dizem que a atração tinha problemas também, inclusive com a troca de diretor. Apesar do apelo comercial de Galisteu, a Band optou por acabar com o programa quase nove meses depois da estreia. Curiosamente, o canal perdeu espaço, já que na atualidade todas as emissoras têm seu programa de fofocas.
BOA TARDE (2009) – Apresentado por Silvia Poppovic, a atração tinha como objetivo tratar de temas interessantes para a mulher e toda a família. A apresentadora já tinha um nome importante no mercado e um histórico na televisão de fazer inveja, já que apresentou programas que marcaram época, na própria Band. No entanto, dessa vez, não deu muito certo. O canal entregou uma versão mais simples do formato, porém, mais sofisticada quando comparada a apresentada por Poppovic na década de 90. Mesmo com a audiência não tão alta, a Band moveu a condutora para o programa matinal Dia Dia, que ia mal nos números, e, depois de semanas ela voltou ao vespertino. A mudança pode ter sido decisiva para o fim do programa em 2010.
O FORMIGUEIRO (2010) – A Band vivia uma boa fase de audiência e popularidade. Vários de seus programas estavam dando certo e sendo assunto na internet, por exemplo. O canal, então, decidiu apostar em um formato espanhol, de muito sucesso. O Formigueiro é uma das maiores audiências do horário nobre da televisão, na Espanha. O escolhido, aqui, para a apresentação foi o humorista Marco Luque, sucesso no CQC. O talk show foi programado nos finais de semana, mas não atraiu grande audiência e, apesar das mudanças de horário, não conseguiu agradar suficientemente para permanecer no ar.
BUSÃO DO BRASIL (2010) – Muito gente não se lembra dessa atração, justamente, porque ela não funcionou como a Band esperava. O reality show era comandado pelo apresentador Edgard Piccoli e, mesmo com uma massiva campanha de divulgação, não conseguiu se destacar na audiência. No programa, 12 participantes estavam confinados em um ônibus que rodava o Brasil. Nas paradas, eles faziam provas. A atração era exibida todos os dias e não conseguiu embarcar na boa fase que viviam programas como o CQC, por exemplo. O formato, que é da gigante Endemol, não passou de uma temporada no país.
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