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A Globo pagará por todos os direitos da Copa América-2019 no Brasil R$ 51 milhões, um valor que representa um terço do Campeonato Paulista. O dado consta do contrato obtido pelo UOL Esporte, por Rodrigo Mattos, em colaboração com o programa jornalístico ''Sin Falta'' do Paraguai. Em processo na Justiça dos EUA, a emissora foi acusado por delatores de pagar propinas a ex-dirigentes da Conmebol para obter direitos de competições sul-americanas, o que não incluía esse acordo. A Globo afirma que o contrato foi realizado em negociação de mercado lícita.
O contrato entre a Globo e a Conmebol foi assinado em 2010 e envolve duas edições da Copa América (2015 e 2019), mais todos os campeonatos sul-americanos sub-17 e sub-20 do período. Quem assinou pela Conmebol foi o ex-presidente da Conmebol Nicolás Leóz que está em prisão domiciliar no Paraguai justamente por acusações de corrupção no caso Fifa.
Pelo acordo entre a Globo e a Conmebol, a Copa América tem que ter um mínimo de 25 jogos. A Globo já realizou pagamento da maior parte do valor acertado. Pelo acordo, a emissora tem que pagar mais US$ 11 milhões até 30 dias antes da Copa América. O acordo engloba todos os direitos, incluindo internet, TV a cabo e Aberta.
Foi dada à emissora brasileira também o direito de preferência sobre renovação do acordo. Isso significa que para a próxima Copa América a Globo terá direito de igualar a melhor proposta de outra TV que tem que ser apresentada pela Conmebol.
Questionada, a emissora defendeu a lisura do contrato: ‘Em 2010, o Grupo Globo negociou de boa-fé os direitos de transmissão da Copa América, edições de 2015 e 2019, em valores de mercado. Nas suas relações comerciais, como aliás, em todas as suas atividades, nada é mais importante para o Grupo Globo do que adotar práticas éticas e transparentes’.
A Globo não respondeu se a assinatura do acordo era feita por Marcelo Campos Pinto, exexecutivo da entidade acusado nos EUA de participar da negociação de propina a dirigentes.
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